Venezuela não descarta luta armada contra os EUA para manter soberania
Nesta semana, Maduro também revelou que conversou por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump
O líder da Venezuela Nicolás Maduro disse hoje que se tiver que recorrer às armas será para lutar pela paz e pela soberania do seu país. Mas, nesta semana, Maduro também revelou que conversou por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump, há cerca de dez dias e que o diálogo foi respeitoso e cordial.
Enquanto isso, os Estados Unidos já destacou uma importante frota da sua marinha de guerra, que inclui o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, para combater o tráfico de droga, segundo a Casa Branca. O reforço contínuo da presença militar no Mar do Caribe, próxima da costa venezuelana lançou ontem mais um ataque a um barco suspeito de narcotráfico. Ao todo já são 21 barcos acusados pelos EUA de ligação com o narcotráfico que foram atacados no Caribe e também no Oceano Pacífico, com um total de 87 mortos.
No entanto, Trump enfrenta, internamente, críticas sobre um polêmico ataque em meados de setembro que teve como alvo homens que já estavam na água após um primeiro ataque ter destruído a embarcação em que seguiam.
Trump ainda avisou que os americanos que estejam no território venezuelano deixem o país imediatamente e que todos evitem sobrevoar o seu espaço aéreo, por causa do agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela e arredores. "A todas as companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de seres humanos, considerem que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela está totalmente fechado", escreveu na sua rede social.
País quase sem ligações aéreas com o exterior
Além disso, a Venezuela se encontra praticamente sem ligações aéreas com o exterior após a suspensão dos voos por companhias aéreas estrangeiras por motivos de segurança, devido ao envio de tropas norte-americanas para a região. Porém, as atividades no terminal de voos domésticos permanecem normais.
O regime de Maduro acusou as companhias de se aliarem às ações de terrorismo de Estado realizadas por Washington e revogou as licenças de exploração.
No entanto, Maduro argumenta que o verdadeiro objetivo de Trump com estas manobras é derrubá-lo e se apoderar do petróleo do país.