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Israel anuncia reabertura da fronteira entre Gaza e Egito

OMS afirma que há mais de 16,5 mil pessoas que precisam deixar Gaza para receber atendimento médico

Por Estadão Conteúdo

Crianças brincando são silhuetadas contra o céu no campo de Nuseirat para palestinos deslocados, na região central da Faixa de Gaza, em 2 de dezembro de 2025. O cessar-fogo, que entrou em vigor em 10 de outubro, permanece frágil, com Israel e o Hamas acusando-se mutuamente de violar os termos, enquanto a Faixa de Gaza continua em profunda crise humanitária. (Foto de Eyad Baba / AFP)

Israel anunciou nesta quarta-feira, 3, a reabertura da passagem de Rafah (a fronteira de Gaza com o Egito) afirmando que os palestinos poderão sair da região “nos próximos dias”. A medida estava prevista no plano de paz desenvolvido pelos Estados Unidos. A abertura será realizada em coordenação com o Egito e a União Europeia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que há mais de 16,5 mil pessoas doentes e feridas que precisam deixar Gaza para receber atendimento médico.

O plano inicial era liberar a passagem em 14 de outubro, dias após o começo do cessar-fogo, que acabou sendo adiado. O exército israelense assumiu o controle do lado palestino da fronteira em maio de 2024, alegando que ela estava sendo “usada para fins terroristas” e para a entrada de armas.

Em janeiro, Israel abriu rapidamente a passagem, permitindo que pessoas autorizadas deixassem Gaza e que caminhões transportando ajuda humanitária entrassem no território palestino.

No comunicado, Israel informou também que os restos mortais devolvidos pelo Hamas não correspondem aos dos dois reféns que permanecem em Gaza, que pode ser lido como uma ameaça à continuidade do cessar-fogo.

Os terroristas do Hamas, por sua vez, dizem que é difícil encontrar os restos mortais em meio aos escombros da Faixa de Gaza, devastada pela guerra, e que realizam novas buscas nesta quarta. A primeira fase do plano deve ser concluída com o retorno dos dois reféns restantes. (Com agências internacionais).