Na COP30, a ONU lança plano que pretende reduzir emissões poluentes em mais de 60%
O programa propõe uma rota de arrefecimento sustentável que ajude a refrigerar os espaços sem agravar a crise climática
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente lançou hoje, na cúpula mundial do clima no Brasil, na cidade de Belém, um plano de arrefecimento sustentável para combater o calor extremo e que poderá reduzir em 64% as emissões de gases poluentes até 2050.
“A procura por arrefecimento pode triplicar nos próximos 25 anos devido ao aumento da população, a ondas de calor extremas mais frequentes e ao aumento de famílias de baixos rendimentos”, indica o projeto da ONU.
O programa propõe uma rota de arrefecimento sustentável que ajude a refrigerar os espaços sem agravar a crise climática. “Soluções energeticamente eficientes e baseadas na natureza, como telhados e espaços verdes, e tecnologias de baixo consumo, através de ventiladores e sistemas híbridos de ar condicionado, poderão ajudar nesta tarefa, reduzindo as emissões poluentes em 64%, e evitando até 37 bilhões de euros em custos de energia e infraestruturas, além de melhorar o acesso ao arrefecimento para três bilhões de pessoas, segundo divulgou a ONU na COP30.
Mas, o Programa da ONU para o Meio Ambiente também assinalou que somente 54 países possuem políticas abrangentes sobre refrigeração sustentável, sendo que as maiores lacunas se localizam na África e na região Ásia-Pacífico, onde se prevê o maior crescimento da busca elo arrefecimento.
De acordo com as Nações Unidas, as ondas de calor são os eventos climáticos mais mortíferos, causando e milhares de mortes todos os anos, especialmente em áreas urbanas onde o efeito de "ilha de calor" pode elevar as temperaturas em 5 a 10 graus. O fenômeno é provocado, entre outros fatores, pela falta de vegetação, substituída por superfícies que absorvem e retêm o calor, como o asfalto e o betão, pela falta de sombra e pela liberação do calor produzido pelos veículos e pelo ar condicionado.