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Conselho de Segurança apoia proposta dos EUA de estabilização em Gaza

A declaração ocorre após o representante dos EUA junto da ONU, Mike Waltz, ter se reunido com os embaixadores dos dez países atualmente no Conselho de Segurança

Por Isabel Alvarez

Conselho de Segurança da ONU

Os Estados Unidos anunciaram hoje que contam com o apoio do Conselho de Segurança da ONU para um projeto que enviará uma força internacional de estabilização para a Faixa de Gaza, por pelo menos dois anos.

A declaração ocorre após o representante dos EUA junto da ONU, Mike Waltz, ter se reunido com os embaixadores dos dez países atualmente no Conselho de Segurança, a Argélia, Dinamarca, Grécia, Guiana, Paquistão, Panamá, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Somália.

Na véspera, a missão norte-americana junto das Nações Unidas também confirmou a apresentação da proposta, que marca o próximo passo no plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para o término da guerra. “Washington mais uma vez apresentará resultados no organismo, em vez de se envolver em negociações intermináveis. As partes aproveitaram esta oportunidade histórica para pôr definitivamente fim a décadas de derramamento de sangue e concretizar a visão do presidente Trump de uma paz duradoura no Oriente Médio", afirmou a missão.

Os EUA, além disso, declararam que parceiros regionais importantes apóiam a resolução do Conselho de Segurança, depois da reunião com as autoridades do Egito, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Waltz descreveu a reunião como histórica e destacou o forte apoio dos países. "Tudo isto está acontecendo graças à liderança firme do presidente Trump, que uniu as nações, trouxe os reféns de volta para casa e criou uma paz real no Oriente Médio", acrescentou.

No entanto, o comunicado da missão dos EUA não refere qual a data em que a proposta norte-americana poderá ir à votação. Segundo fontes norte-americanas, o projeto de resolução pede que a força internacional assegure o processo de desmilitarização da Faixa de Gaza e o desarmamento permanente de armas de grupos paramilitares e não estatais.

Mas, um grande desafio no plano de 20 etapas de Trump, que incluiu o cessar-fogo e a reconstrução do território, é a forma de desarmar o Hamas, que ainda não aceitou totalmente essa medida.

Já o Hamas disse que uma sua delegação, sob a liderança de Khalil al-Hayya, se encontrou ontem com o chefe dos serviços secretos da Tuquia, Ibrahim Kalin. “O encontro foi sobre a continuação dos ataques e tiroteios em áreas controladas pelas forças de ocupação, o fechamento contínuo das passagens fronteiriças e a necessidade de reconstruir as infraestruturas de Gaza, como esgotos, estradas e eletricidade”, diz o nota do grupo.

Enquanto isso, as autoridades israelenses receberam na quarta-feira à noite o corpo de mais um refém que estava em Gaza, que foi entregue à Cruz Vermelha pelo grupo Hamas. O Exército de Israel informou que o corpo foi levado para o Centro Nacional de Medicina Legal para identificação e que se trata do estudante tanzaniano Joshua Luito Mollel. "Os esforços para resgatar os nossos reféns continuam e não cessarão até que o último refém seja resgatado", disseram.