Ministro israelense insta judeus de Nova York a se mudarem após vitória de Mamdani
Zohran Mamdani se tornará o primeiro prefeito muçulmano de Nova York quando assumir o cargo, em janeiro de 2026
Um ministro israelense de direita instou, nesta quarta-feira (5), os judeus de Nova York a se mudarem para Israel após a eleição do esquerdista muçulmano Zohran Mamdani para chefiar a Prefeitura da cidade.
Mamdani, de 34 anos, se tornará o primeiro prefeito muçulmano de Nova York quando assumir o cargo, em janeiro.
Defensor de longa data da causa palestina, nos últimos meses Mamdani também tem denunciado publicamente o antissemitismo, assim como a islamofobia da qual ele mesmo foi vítima.
"A cidade que uma vez foi símbolo da liberdade no mundo entregou suas chaves a um partidário do [movimento islamista palestino] Hamas", escreveu no X o ministro israelense da Diáspora e da luta contra o Antissemitismo, Amichai Chikli.
"Nova York nunca voltará a ser a mesma, especialmente para sua comunidade judaica", acrescentou. "Convido os judeus de Nova York a considerarem seriamente estabelecer seu novo lar na Terra de Israel".
As posições de Mamdani sobre Israel, que qualificou de "regime de apartheid" e acusou de cometer um "genocídio" em Gaza, provocaram indignação em alguns setores da comunidade judaica.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, conhecido por suas posições de extrema direita, apoiou Chikli.
"O antissemitismo venceu o bom senso. Mamdani é um partidário do Hamas, inimigo de Israel e antissemita declarado", afirmou Ben Gvir em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interveio na reta final da campanha para qualificar Mamdani de "inimigo dos judeus" e chamou de "estúpido" quem votasse nele.