Presidente do México denuncia homem que a assediou sexualmente na rua
O incidente aconteceu na terça-feira (4) quando a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, seguia para um evento público perto do palácio presidencia
Nesta quarta-feira (5), a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, denunciou o agressor que a tocou e tentou beijá-la enquanto ela caminhava pela rua. A Chefe do Executivo afirmou que o assédio sexual deveria ser considerado crime em todo o país.
O incidente aconteceu na terça-feira (4) quando a chefe do Executivo seguia para um evento público perto do palácio presidencial. Enquanto Sheinbaum saudava simpatizantes pela rua, o homem, identificado como Uriel Rivera, se aproximou por trás dela. Ele passou um braço por seu ombro, tocou sua cintura e seu peito com as mãos e tentou beijá-la no pescoço.
Rivera se aproximou da presidente sem que nenhum segurança presidencial o detivesse. Depois de tocá-la, um membro da segurança o afastou, enquanto Sheinbaum, um pouco confusa, até tirou uma foto com seu agressor.
"Essa pessoa se aproximou totalmente embriagada, não sei se drogada (...). Só depois de ver os vídeos é que percebi o que realmente aconteceu", disse a presidente.
A denúncia contra o homem foi feita junto ao Ministério Público da Cidade do México, onde o assédio sexual é punido criminalmente.
O agressor também assediou outras mulheres durante a ocasião
A mandatária explicou que decidiu prestar uma denúncia porque depois de assediá-la, o homem continuou a assediar outras mulheres. Ele foi preso horas depois.
"Minha reflexão é: se não presto uma denúncia, em que condição ficam as outras mulheres mexicanas? Se fazem isso com a presidente, o que pode acontecer com todas as mulheres no nosso país?", disse Sheinbaum em sua coletiva de imprensa matinal.
O governo vai revisar se esta conduta "é crime penal em todos os estados, porque deve ser crime penal e vamos fazer uma campanha", acrescentou ela, reconhecendo que na sua juventude sofreu agressões semelhantes.
Por ser um país federado, os 32 distritos que compõem a nação mexicana têm seus próprios códigos penais e nem todos punem essas condutas.
Vale destacar que o caso gerou também críticas à segurança da mandatária. Sheinbaum disse que continua privilegiando a aproximação com as pessoas.
Cerca de 70% das mexicanas de mais de 15 anos já sofreram alguma violência ao menos uma vez na vida, segundo relato da ONU mulheres.