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ONU e Cruz Vermelha pedem abertura de todas as passagens fronteiriças em Gaza

Pedido da ONU e Cruz Vermelha é para permitir o envio de mais ajuda humanitária para Gaza

Por AFP

Palestinos se reúnem enquanto funcionários da Prefeitura de Gaza se reúnem antes de usar escavadeiras para remover escombros de edifícios dos principais eixos e ruas da Cidade de Gaza, em meio a um cessar-fogo entre Israel e facções palestinas, em 14 de outubro de 2025. (Foto da AFP)

A ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) exigiram, nesta terça-feira (14), a abertura de todas as passagens fronteiriças da Faixa de Gaza para permitir o envio de mais ajuda humanitária, após a entrada em vigor da trégua.

"Pelo que sei, nem todas as passagens fronteiriças de Gaza estão abertas para a ajuda humanitária. Esse é o principal problema neste momento e é o que as organizações humanitárias, incluindo o CICV, reivindicaram nas últimas horas", declarou o porta-voz do CICV, Christian Cardon, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

Essa abertura deve ser efetiva "em caráter de urgência", disse.

"Pedimos que todas as passagens fronteiriças sejam abertas", insistiu ao seu lado Jens Laerke, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

Laerke também solicitou que sejam reparadas e abertas as passagens fronteiriças destruídas durante os dois anos de guerra no território, após a implementação na sexta-feira de um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.

O porta-voz do Ocha instou a aumentar o envio da ajuda destinada a Gaza, destacando que isso não dependia dos trabalhadores humanitários.

"Temos 190.000 toneladas prontas para enviar na região", especialmente na Jordânia e no Egito, explicou.

A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em retaliação ao ataque de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas no sul de seu território causou dezenas de milhares de mortes entre a população civil de Gaza, dizimando famílias inteiras.

A ajuda humanitária chegou a conta-gotas, já que o bloqueio imposto à Faixa no início de março por Israel foi levantado dois meses depois, mas apenas parcialmente.

Especialistas associados às Nações Unidas confirmaram em agosto que havia fome em parte do território palestino. No entanto, Israel nega e acusou o Hamas de saquear a ajuda fornecida na zona.