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Trump crê em acordo para libertar reféns em Gaza em alguns dias

"Neste momento, enquanto falamos, estão em negociações. As negociações começaram. Vão durar alguns dias", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

Por AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (à esquerda), apertam as mãos ao final de uma coletiva de imprensa na State Dining Room da Casa Branca, em Washington, DC, em 29 de setembro de 2025. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que Washington estava "muito perto" de garantir a paz na guerra de Gaza, após se reunir com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e divulgar um plano de paz de 20 pontos. (Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)

O presidente americano, Donald Trump, disse, neste domingo (5), que as negociações para a implementação de uma trégua em Gaza vão durar dias, enquanto seu chefe da política externa, Marco Rubio, advertiu que Israel deve cessar os bombardeios para permitir a libertação dos reféns.

"Neste momento, enquanto falamos, estão em negociações. As negociações começaram. Vão durar alguns dias", disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

"Vamos ver como acaba tudo. Mas tenho entendido que vai muito bem", acrescentou.

Em uma troca de mensagens com um repórter da emissora CNN divulgada neste domingo, o presidente respondeu afirmativamente quando perguntado se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava disposto a pôr fim à campanha militar em Gaza.

Os negociadores de Israel e do movimento islamista palestino Hamas têm previsto dialogar na cidade turística de Sharm el-Sheikh, no Egito, e Netanyahu expressou a esperança de que os reféns retidos em Gaza possam ser libertados em questão de dias.

Mas Rubio advertiu que Israel deve pôr fim aos bombardeios na Faixa de Gaza para a libertação dos reféns.

"Acredito que tanto os israelenses quanto todo o mundo reconhecem que não se pode libertar os reféns em meio aos ataques, e por isso terão que parar", declarou Rubio à emissora CBS News.

"Não pode haver uma guerra em meio a tudo isto", afirmou o chefe da diplomacia americana.

O impulso diplomático ocorre após a resposta positiva do grupo palestino ao plano de Trump para pôr fim aos combates e permitir a libertação dos reféns mantidos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses.

Rubio, que apareceu em vários programas dominicais para falar sobre a situação em Gaza, disse à NBC que havia "desafios logísticos" a abordar para abrir a via para a libertação dos reféns.

O secretário de Estado americano também previu que os objetivos de longo prazo serão "ainda mais difíceis" de alcançar, em termos de como o território devastado pela guerra será governado e o desarmamento do Hamas.

"Não se pode estabelecer uma estrutura de governo em Gaza que não seja o Hamas em três dias. Ou seja, levará tempo", afirmou à NBC.

Trump disse à CNN que esperava "em breve" ter clareza sobre se o grupo palestino estava comprometido com a paz.

Ele acrescentou que se o Hamas se negasse a ceder o poder, enfrentaria a "extinção total".