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Petróleo volta a fechar em queda ante possível cúpula Trump-Putin

Com pressão de Donald Trump sobre a Índia, mercado internacional fica tenso

Por AFP

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Os preços do petróleo voltaram a fechar em queda pela sexta vez consecutiva nesta quinta-feira (7), após as perspectivas abertas de novas negociações entre os Estados Unidos e a Rússia, que evitariam um corte radical nas exportações de petróleo russo.

O preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em outubro caiu 0,69%, para 66,43 dólares.

Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate para entrega em setembro, recuou 0,73%, para 63,88 dólares. Uma semana antes, estava bem acima dos 69 dólares o barril.

Acordo

O Kremlin anunciou na quinta-feira um "princípio de negociação" para uma reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump "nos próximos dias", embora tenha descartado imediatamente uma cúpula tripartite com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que insiste em negociar diretamente com seu homólogo russo.

Estas declarações ocorrem após uma visita "produtiva" a Moscou do enviado americano Steve Witkoff, que manteve conversações com o presidente russo.

Trump deu à Rússia um ultimato que vence na sexta-feira, exigindo que chegue a um acordo com Kiev ou enfrente severas sanções que afetariam particularmente suas exportações de petróleo, uma fonte chave de financiamento para Moscou.

A Rússia é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador de petróleo do mundo.

Pressão internacional

Na quarta-feira, Trump começou a pressionar a Índia, o segundo maior consumidor de petróleo russo, com tarifas de 25% sobre uma ampla gama de produtos, além da tarifa de 25% que entrou em vigor nesta quinta-feira.

Mas, por enquanto, Nova Delhi não cedeu à pressão americana e as refinarias "não receberam ordens para limitar suas compras russas", disse John Evans, analista da PVM.

Putin se reuniu na quinta-feira com Ajit Doval, conselheiro de Segurança Nacional do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.