Léo Medrado: 'E vamos viver a vida. Amanhã será um novo ano'
Em setembro, voltei ao Diario de Pernambuco, no Traíras, ainda não
2025: viver a vida!Que ano!
Abri o Réveillon com notícias boas. Tranquilo, na CBN. No Diário de Pernambuco, ótimas ideias pela frente. No Traíras, cinco contratos vigentes. Saúde? Normal.
No final de fevereiro… dia 24. Ninguém imaginava o que iria acontecer.
Li e escrevi a agenda. Troquei mensagens com clientes, vi o script do programa e fui para o estúdio do Traíras. Antes, conferi a coluna que saiu no Diário de Pernambuco. Meio-dia, em ponto, começou o programa. Divertimos, discutimos e, risadas à parte, falamos sobre a escala para o dia seguinte (terça-feira).
Passei na Confraria, conversei com os amigos e fui para casa. Almocei. Escrevi alguns textos. Estava no sofá quando minha filha, Letícia, sentou-se ao meu lado e perguntou alguma coisa. Respondi. Ela não entendeu. Disse:
— Pai… você tá falando estranho.
Eu não falava nada. Eu não entendia nada.
Letícia, agoniada, ligou para a mãe. Patrícia, Bruno e Júnior correram para o Hospital Português.
“Léo teve um AVC.”
A notícia se espalhou pela família, pelos amigos e pela imprensa. Eu não me lembro de mais nada.
Dr. Bruno Mota e sua equipe foram ágeis. Três a quatro horas depois, a cirurgia terminou. Nos dias seguintes, dormi dois, três, quatro dias. Fui convalescendo.
Patrícia foi guerreira. Dormiu sempre ao meu lado. Mesmo quando eu estava na UTI, incansavelmente cuidava de tudo. Foram 15 dias, entre UTI e quarto. Exames, médicos, fonoaudiólogos, cirurgiões, enfermeiras e… amigos.
Voltei para casa. E começamos outra batalha. Fono, rádios, TVs, YouTube, Instagram. Ler e falar. Todos os dias.
No dia 1º de julho, voltei ao ar na CBN: Jogo Limpo, pela manhã, e comentário à tarde. A volta foi duríssima. Um comentário de três minutos me exigia quatro horas de produção, para então seguir para o editor.
Em setembro, voltei ao Diario. No Traíras, ainda não. Fui intimado a participar do programa no dia 14/11, quando completou dois anos. Foi tudo bem — pelo menos, foi o que eles disseram.
Eu tô bem.
Cresci. Amadureci.
E vamos viver a vida. Amanhã será um novo ano.
Deus me deu uma nova chance de viver.
Obrigado, amigos
Permitam-me agradecer.
Aos médicos: Dr. Bruno Mota, Dr. Arthur Procópio, Dr. Paulo Briner e Dr. Antônio Vinícius.
Às fonoaudiólogas: Glauce Lippi, Luciana Belo, Adriana Belfort e Andrea Ferraz.
No Diário de Pernambuco: Carlinhos Vital e Diogo Vital.
Na CBN: Vicente Jorge, Willame Souza e Davi Pereira.
Aos amigos Américo Pereira e Diógenes Luz.
Aos amigos patrocinadores:
Dez Dez – (Bartolomeu Carvalho e Rafael Castro);
Jairo Rocha – (Jairo e Jairinho);
Jardim de Luz – (Camila e Isabel Luz);
Mameluco – (Zé Luís e Felipe Luz);
Carol Esportes – (Chico Lima).
E, acima de tudo, à minha família: mamãe Djinha, Cibele, Bruno, Júnior, Lucca, Letícia, Patrícia e toda a FAMÍLIA.
Obrigado. Muito obrigado!
Oração ao tempo
Tempo, tempo, tempo, tempo… Linda música de Caetano. Está tudo misturado no título.
Tempo: o Retrô.
Foi o que voltou mais cedo. Vai ganhar no conjunto e no preparo físico.
Tempo: o Santa Cruz.
Já fez três jogos-treinos — ontem, empatou com o Muricy por 1x1 — e o time está “tinindo”. Entrosamento evidente.
Tempo: o Náutico.
Trouxe um time inteiro em dez dias. Paulo Sérgio e Muriel são os únicos titulares remanescentes. Os da Série C… sei não, visse?
Tempo: o Sport.
Que tempo é esse? Preparo físico zero, 25 jogadores “pegando beco” e a perspectiva de contratar quatro ou cinco boleiros meia-boca?
Vai ter que — depois de 16 jogos sem vencer — ganhar do Jaguar, viu, Roger?