Estadual equilibrado no caixa: confira as folhas de Sport, Santa Cruz e Náutico para 2026
Trio de Ferro reduz diferença de investimento e muda projeção do Campeonato Pernambucano
O Campeonato Pernambucano de 2026 promete um cenário diferente daquele visto nos últimos anos. Ao menos nos cofres do Trio de Ferro, a tradicional disparidade financeira entre Sport, Santa Cruz e Náutico tende a diminuir consideravelmente, reflexo direto da gangorra vivida pelos três clubes no Campeonato Brasileiro de 2025.
O rebaixamento rubro-negro da Série A para a Série B, somado aos acessos de Náutico (da Série C para a B) e Santa Cruz (da Série D para a C), aproximou as realidades esportivas e orçamentárias das forças da capital. Na projeção para a próxima temporada, as folhas salariais dos clubes mostram um equilíbrio inédito no papel.
O Sport trabalha com um teto estimado em R$ 3,5 milhões mensais, valor bem inferior aos cerca de R$ 6 milhões investidos ao longo de 2025. O Náutico projeta uma folha em torno de R$ 2,5 milhões, enquanto o Santa Cruz deve operar na casa de R$ 1,5 milhão, números que contrastam com o último ano, quando o Timbu girou em torno de R$ 700 mil e o Tricolor do Arruda fechou 2025 com aproximadamente R$ 800 mil.
A redução da diferença entre os investimentos ajuda a explicar a expectativa de um Estadual mais competitivo. O Pernambucano de 2026 tem início previsto para o dia 9 de janeiro e contará com 13 datas no calendário.
SPORT
No caso do Sport, o cenário é de reconstrução. O clube chega a 2026 pressionado pela queda de receitas após o rebaixamento, pela crise financeira herdada do último ano e pela necessidade de enxugar dívidas.
O novo presidente, Matheus Souto Maior, já indicou que o planejamento passa por uma análise minuciosa do elenco, peça por peça, em busca de adequação à realidade da Série B. Como possível alívio de caixa, surge a expectativa em torno de uma eventual venda do volante Zé Lucas, de apenas 17 anos, tratado internamente como uma potencial negociação recorde na história do clube.
NÁUTICO
O Náutico, por sua vez, vive um momento de transição mais otimista. O acesso à Série B permitiu um salto orçamentário significativo, rompendo a barreira de R$ 1 milhão mensal após cerca de uma década.
Ainda assim, o clube busca cautela. Entre as alternativas para reforçar o caixa está a negociação da venda de um percentual dos direitos de transmissão no Brasileirão, por meio da Liga Forte União (LFU), movimento que pode impactar diretamente a folha salarial ao longo da temporada.
SANTA CRUZ
Já o Santa Cruz aposta em um novo horizonte fora de campo. O Tricolor do Arruda aguarda o desfecho da venda de 90% das ações da SAF ao consórcio Cobra Coral Participações S/A.
A expectativa é que, com a definição do negócio, o clube passe a contar com uma receita mínima garantida por temporada, variando conforme a divisão nacional disputada. Esse novo patamar financeiro tende a refletir diretamente na folha salarial e no planejamento esportivo, dando maior fôlego após o acesso à Série C.
ESTREIAS DO TRIO DE FERRO NO PERNAMBUCANO 2026
Náutico x Maguary - 09/01 (sexta-feira), às 20h30, Aflitos
Jaguar x Sport - 10/01 (sábado), às 17h, Arena de Pernambuco
Santa Cruz x Decisão - 11/01 (domingo), às 17h, Arena de Pernambuco
ÚLTIMAS FOLHAS DE SPORT, SANTA CRUZ E NÁUTICO
2025
Sport: R$ 6,0 milhões
Santa Cruz: R$ 800 mil
Náutico: R$ 700 mil
2024
Sport: R$ 2,5 milhões
Náutico: R$ 600 mil
Santa Cruz: R$ 400 mil
2023
Sport: R$ 1,8 milhão
Náutico: R$ 400 mil
Santa Cruz: R$ 250 mil
2022
Sport: R$ 2,0 milhões
Náutico: R$ 720 mil
Santa Cruz: R$ 350 mil
2021
Sport: R$ 2,5 milhões
Náutico: R$ 700 mil
Santa Cruz: R$ 400 mil
2020
Sport: R$ 1,2 milhão
Náutico: R$ 500 mil
Santa Cruz: R$ 450 mil