Beto Lago: 'Só a verdade define se o dirigente será lembrado como herói ou vilão'
O desempenho dos dirigente é notado, principalmente pela boa manutenção do patrimônio do clube
A verdade
Ontem, passei um tempo circulando por uma das livrarias no Recife. Entre livros e revistas, parei em um momento no corredor e uma frase estampada na publicação: “entre o certo e o errado, o que vale é a verdade.” Imediatamente, transportei para o nosso futebol. Como ela se encaixa perfeitamente neste universo, onde paixão e rivalidade muitas vezes ofuscam a clareza dos fatos. Ou então, quando análises de dirigentes acabam colocando suas contradições na forma mais explícita e clara. Seja os movimentos de chegada de uma SAF ou de aceitação no trabalho de uma gestão de futebol, a frase serve como análise do desempenho dos nossos dirigentes.
A verdade está no balanço financeiro de cada. A verdade está no crescimento e na boa manutenção de seu patrimônio. A verdade está na preocupação de manter o legado do clube, seja como modelo associativo, seja como SAF. Porém, a “principal” verdade é o que quer o torcedor, a razão maior do clube: que as vitórias coloquem seu clube na ponta das tabelas. Sempre coloco que a torcida é a última instância para julgar a verdade. Para ela, o certo é vencer e honrar a camisa; o errado é a falta de planejamento e a arrogância que levam ao fracasso. Com certeza, a verdade do que foi feito, seja para o bem ou para o mal, é o que irá definir se um dirigente será lembrando como herói ou vilão na história do clube. Ou seja, a história de um clube é escrita a partir das verdades que vêm à tona – quer para enaltecer os heróis que fazem a diferença, quer para vilipendiar aqueles que falham em suas promessas.
Ricardo Rocha e a valorização dos ídolos
O Santa Cruz trouxe Ricardo Rocha, campeão mundial de 1994 e ídolo do clube, para trocar experiências e motivar o elenco e a comissão técnica. Essa iniciativa é um exemplo positivo de como a presença de ídolos pode impactar o moral de uma equipe em momentos decisivos. É lamentável, no entanto, que os dirigentes ainda não compreendam a importância de integrar esses ícones na rotina dos clubes. Eles trazem uma bagagem de conhecimento e inspiração que é vital para a formação de jovens talentos e fortalecimento da cultura do clube.
Atenção redobrada no Náutico
A situação do Náutico merece atenção com 13 jogadores pendurados. O treinador Hélio dos Anjos, que retorna ao comando após cumprir suspensão, terá que lidar com essa pressão de olho na sequência de jogos. O ataque tem mais problemas. Vinícius, Paulo Sérgio e Bruno Mezenga estão com dois cartões amarelos. E Paulo Sérgio ainda cumpre contra a Fênix outro jogo da punição. Por outro lado, Hélio Borges retorna ao time.
Desafios do Central
O Central foi punido pelo STJD com a três partidas de portões fechados e uma multa, por conta de atos racistas cometidos por um torcedor. Essa penalização pode ter um impacto significativo em um momento crítico do campeonato. É crucial que o jurídico da Patativa busque a reversão dessa punição, mas que o clube identifique e puna devidamente o torcedor infrator.