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Em carta enviada a Motta, Zambelli diz que renúncia é um "alerta histórico"

Carla Zambelli renunciou ao mandato parlamentar neste domingo (14)

Por Diario de Pernambuco

Carla Zambelli está presa na Itália

Em carta enviada neste domingo (14) ao Presidente da Câmara, Hugo Motta (PP-AL), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) classificou a renúncia ao mandato parlamentar como um "alerta histórico" e um "marco institucional".

"Renuncio. Não por medo, não por fraqueza, não por desistência. Comunico, de forma pública
e solene, minha renúncia para denunciar que um mandato legitimado por quase um milhão de votos
foi interrompido apesar do reconhecimento formal, por esta Casa, da inexistência de provas para
sua cassação. Renuncio para que fique registrado na História que, mesmo sem provas reconhecidas pelo Parlamento, a vontade de um outro Poder se sobrepôs à vontade popular", afirma Carla Zambelli.

Na carta, a deputada acrescentou ainda que mandatos passam, mas que princípios "são inegociáveis" e que a democracia não se resume ao dia da eleição, mas que se sustenta no respeito às instituições, ao devido processo legal e à soberania da representação popular.

"Dirijo-me, por fim, ao povo brasileiro. Aos meus eleitores, afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a minha consciência permanece livre. Convicções não se prendem, e a vontade popular não se apaga.
A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a voz de um povo, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a me ouvir. Que Deus abençoe o povo brasileiro, ilumine esta Nação e a conduza, sempre, pelo caminho do direito, da verdadeira justiça e da liberdade", finaliza.