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Banco Mundial apresenta relatório com sugestões para destravar economia no Nordeste

O relatório "Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão" do Banco Mundial mostra um diagnóstico do Nordeste em relação a problemas estruturais da região

Por Thatiany Lucena

A apresentação do relatório também contou com a participação de representantes de instituições envolvidas na agenda de desenvolvimento regional dos estados de e Alagoas, Bahia, Piauí, além de representantes da Sudene

O Banco Mundial apresentou para representantes da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), nesta quinta-feira (11), o relatório “Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”. O estudo mostra um diagnóstico do Nordeste em relação a problemas estruturais da região, como a infraestrutura defasada e o maior nível de pobreza entre as regiões do país. Realizada na sede da Sudene, em Boa Viagem, zona Sul do Recife, o relatório foi analisado por representantes de instituições de pesquisa e órgãos públicos presentes e recebeu uma série de sugestões.

Após a apresentação do “Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão”, o economista sênior do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, destacou que o Banco Mundial está aberto ao diálogo com as instituições e governos estaduais, principalmente na busca por soluções para as políticas públicas, inclusive no novo cenário da reforma tributária, que acabará com incentivos fiscais como o ICMS.

“Entendemos que algumas das políticas que hoje existem não poderão existir mais e os governos estaduais, sobretudo, em conjunto com as outras instituições, terão que entrar encontrar maneiras diferentes de fazer investimentos em infraestrutura de forma mais estratégica”, disse.

Os principais pontos levantados pelos participantes como sugestões de aprofundamento ao estudo foram o levantamento dos potenciais econômicos de cada estado, além de considerações sobre a desigualdade regional levando em consideração a questão racial e social de cada estado.

O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, sugeriu a criação de um grupo de trabalho para aprofundar os temas levantados no relatório. “É preciso olhar também observar e conversar também com quem vive no espaço, no local e na região. Quando nós olhamos o relatório que trata, do ponto de vista das nossas informalidades, na minha compreensão, não é questão que começa de hoje, tem a ver com a formação econômica, a formação cultural da nossa região e com a nossa formação, nós somos a com a maior população negra”, disse.

População com diploma quase dobrou no Nordeste

Entre os pontos abordados, o relatório destaca que o Nordeste possui uma das populações mais jovens do país, com 80% em idade ativa. O estudo também mostra que a proporção de trabalhadores com diploma universitário quase dobrou em dez anos (de 9,1% em 2012 para 17% em 2023).

Mesmo se consolidando como protagonista em energia limpa no país, a economia na região desacelerou em relação a outras regiões. Entre 2010 e 2022, o crescimento médio da região foi de 0,9% ao ano no PIB per capita.

A apresentação do relatório também contou com a participação de representantes de instituições envolvidas na agenda de desenvolvimento regional dos estados de e Alagoas, Bahia, Piauí e Pernambuco, representantes da Sudene.