° / °
Cadernos Blogs Colunas Rádios Serviços Portais

Vendas de fim de ano no Recife devem crescer acima de 5%, projeta CDL

Otimismo com as vendas de fim de ano supera estimativa inicial em alguns setores; tíquete médio deve ficar em R$ 200 e contratações temporárias somam 6 mil vagas na capital

Por Cecilia Belo

Entre as categorias do varejo restrito, houve incremento em Vestuário (17,2%).

O varejo da capital pernambucana inicia a temporada de fim de ano com indicadores acima do esperado. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Recife projeta um crescimento geral nas vendas superior a 5% em comparação ao mesmo período do ano passado, com segmentos específicos podendo ultrapassar a barreira dos 10%. A avaliação positiva decorre de um aquecimento na movimentação do comércio percebido já nas primeiras semanas de novembro, superando as expectativas iniciais da entidade para a data.

De acordo com o presidente da CDL Recife, Fred Leal, o comportamento do consumidor nas primeiras semanas de novembro superou as expectativas para o período e surpreendeu os lojistas, gerando um ambiente de ânimo para o período natalino.

A estimativa da CDL é que o tíquete médio para os presentes de Natal e Ano Novo oscile entre R$ 150 e R$ 200. Embora valores mais altos sejam esperados em compras de eletrodomésticos, o volume massivo de vendas deve se concentrar em itens de valor intermediário.

Preferências do consumidor

A liderança no volume de saídas deve ficar com os artigos de uso pessoal. A projeção da instituição aponta que acessórios, juntamente com o setor de confecção e vestuário, serão os carros-chefe do faturamento no varejo tradicional.

"Quem puxa a venda mesmo são os acessórios, aí estão incluídos cintos, sapatos, bolsas, e confecção. São os dois setores mais importantes", detalha Leal. Ele ainda afirma que o segmento de perfumaria também aparece como destaque nas intenções de compra para presentear.

A dinâmica de consumo, no entanto, sofre influência direta da Black Friday, realizada na última semana de novembro. Para Leal, a data funciona como uma antecipação das compras de Natal, especialmente para bens duráveis. O setor de eletroeletrônicos, impulsionado pela venda de televisores e celulares, deve registrar seu pico de faturamento agora, em detrimento de dezembro.

 

As lojas também precisam integrar as vendas nas plataformas virtuais e ambiente físico, avalia Leal. "Toda loja tem que ser físico e online. A loja não pode ficar nem só físico, nem só online. Ela tem que conjugar os dois. O varejo caminha para isso".

Apesar do otimismo com as vendas, a geração de empregos temporários adota um ritmo mais cauteloso. A projeção é de abertura de cerca de 6 mil vagas na cidade do Recife para atender à demanda sazonal. Segundo a entidade, os empresários optaram por segurar as contratações em um primeiro momento. Em paralelo, o varejo consolida a tendência híbrida, onde a presença digital integrada à loja física deixa de ser um diferencial para se tornar uma obrigação de sobrevivência no mercado atual.