Pernambuco é o 3º estado que mais gerou empregos no Brasil em agosto
Dados do Novo Caged apontam que o estado também lidera a geração de empregos no Nordeste
Pernambuco registrou em agosto o terceiro maior saldo do Brasil na geração de empregos formais e foi líder na geração de empregos no Nordeste, com a geração de 12.692 novos postos de carteira assinada, resultado de . Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta segunda-feira (29), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O professor de economia do centro universitário UniFBV Wyden, Filipe Braga, aponta que, apesar do destaque a nível nacional, o resultado de Pernambuco no saldo de empregos ainda foi inferior ao alcançado em 2024. “Pernambuco registrou crescimento, quando comparado ao mês de julho deste ano (7.377). Apesar desse número positivo, houve uma redução de empregos, quando comparado a agosto de 2024, quando o resultado de Pernambuco foi bem superior, chegando a 18.409 empregos. Ou seja, uma redução de 30% no número de vagas”, destaca.
Segundo Braga, essa queda no saldo de empregos é reflexo da desaceleração econômica no Brasil causada pelas altas taxas de juros, que desestimulam o consumo e a produção. “Esse cenário tem dado uma freada no investimento econômico e na criação de novos empregos. A taxa de juros muito alta desincentiva os empresários a aumentarem fábricas ou a contratar mais pessoas, porque o custo do crédito é muito caro para o empresário”. Ele explica que acaba sendo mais vantajoso para um empresário investir seus recursos em papéis mais seguros, como título de tesouro, que está pagando 15% ao ano.
Mesmo com a chegada do final do ano e o aquecimento comum do mercado de trabalho, que geralmente fica mais elevado com a contratação de empregos temporários, o economista analisa que, caso as taxas de juros continuem altas, a desaceleração deve permanecer também em 2026.
Já no acumulado de 2025, entre janeiro e agosto, Pernambuco soma até o momento, 45.899 novos postos de trabalho formais, um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 44.523 empregos.
Em agosto, com a geração de 12.692 novos postos, o estado só ficou atrás de São Paulo (45.450) e Rio de Janeiro, que obteve 16.128 novos postos.
Setores
No estado, o resultado foi puxado pela Indústria, com a criação de 3.335 novas vagas, seguido pelo setor de Serviços, responsável pela geração de 3.143 empregos. Outros setores que também registraram saldo positivo foram: Construção Civil que somou 2.644 postos, Agropecuária gerou 2.277 vagas e o Comércio, com 1.294 novos postos de carteira assinada.
Seguindo o estado como líder na geração de empregos em agosto, o Recife também foi a capital do Nordeste com maior saldo. A capital pernambucana gerou 1.956 empregos formais, liderando no ranking, seguido por Fortaleza (1.898) e João Pessoa (1.724). Em 2025, a capital pernambucana cresceu 3,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
No Recife, a Construção Civil liderou os números, com 970 postos de trabalhos gerados. Em seguida, aparece o setor de Serviços, com 488 vagas de empregos preenchidas e Comércio com 415 saldo de contratações.
Brasil
No Brasil, o saldo de empregos gerados em agosto foi de 147.358 vagas de emprego formais, acima do número registrado em julho, que foi de 134.251. Apesar do crescimento, a alta de juros e a desaceleração da economia foram responsáveis pela queda do saldo de empregos. Na comparação com agosto de 2024, o país foi responsável por gerar 239.069 vagas.
*Com informações da Agência Brasil