Transnordestina: trecho pernambucano poderá receber dois portos secos
Estudos para analisar a viabilidade de dois portos secos serão inciados pela Infra S.A; intervenção deve facilitar o escoamento da produção dos municípios do interior de Pernambuco
Em reunião com prefeitos pernambucanos na quarta-feira (24), o ministro Renan Filho anunciou que a Infra S.A. dará início aos estudos para construção de dois portos secos em Pernambuco. A expectativa é que a intervenção integre hubs logísticos no Sertão, na região de Salgueiro, e no Agreste, nos municípios de Quipapá e Agrestina. Caso seja instalado, o Porto Seco conectará o Porto de Suape à Transnordestina, aumentando o potencial logístico de Pernambuco.
Durante a reunião, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reforçou que o porto seco representa um investimento estratégico para Pernambuco e deve trazer um reforço importante à operação do Porto de Suape.
“Esse investimento abre uma nova janela de oportunidades para Suape, que poderá atender não só Pernambuco, mas também estados vizinhos, como Ceará e Piauí, integrando-se ainda à Ferrovia Norte-Sul”, afirmou.
O porto seco funciona como um terminal intermodal para ferrovias e rodovias, sendo uma estrutura de conexão dos modais a um porto marítimo. Um porto seco pode incluir instalações para armazenamento e manutenção de mercadorias.
A instalação desse tipo de estrutura permite aliviar a pressão por espaço alfandegário nos portos marítimos. Além de facilitar o escoamento de produção em cidades do interior do estado, o porto seco deve reduzir custos logísticos, aumentando o desenvolvimento regional.
Edital para a retonada da Transnordestina
O edital para a retomada das obras do lote SPS-4 da ferrovia, que liga os municípios de Custódia e Arcoverde, com 73 quilômetros de extensão, deve ser lançado até o dia 30 de outubro. O investimento previsto é de R$ 200 milhões.
Do total do trecho pernambucano da ferrovia, 179 quilômetros já estão concluídos, representando 38% da obra. O ministro Renan Filho reforçou que a continuidade das obras em Pernambuco é um compromisso tratado como prioridade pelo governo federal, pois deve ser um instrumento de desenvolvimento não apenas para Pernambuco, mas para o Nordeste. “Os municípios precisam estar preparados para receber esses investimentos, que terão impacto direto na vida da população local”, disse o ministro.