Taxa de desocupação em Pernambuco cai, mas ainda é a maior do Brasil, diz IBGE
Apesar da queda, a taxa de desocupação em Pernambuco ainda é a mais alta do Brasil, segundo dados divulgados, nesta sexta (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Pernambuco registrou queda de 1,2% na taxa de desocupação, no segundo trimestre de 2025. Ela saiu de 11,6%, nos três primeiros meses do ano, para 10,4%, no final do trimestre, que se encerrou em junho. Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (15) pelo IBGE.
Apesar da queda, a taxa de desocupação em Pernambuco ainda é a mais alta do Brasil, segundo dados divulgados, nesta sexta (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua trimestral) aponta que o estado superou números da Bahia (9,1%) e do Distrito Federal (8,7%).
Ainda segundo o IBGE, o país como um todo, por sua vez, apresentou uma desocupação de apenas 5,8%, a menor de toda série iniciada em 2012.
Dados
Ao todo, a taxa de desocupação caiu em mais 17 estados além de Pernambuco e ficou estável nas outras nove.
As menores foram registradas em Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%).
Detalhes
Em Pernambuco, o número de desocupados das três faixas de tempo de procura (em que a reocupação pode não ser imediata, durando 1 mês ou mais) recuou frente ao mesmo trimestre de 2024.
Além disso, o Estado registrou a maior taxa percentual de pessoas desocupadas que conseguiram se reintegrar com menos de um mês (24,2%) desde o início da PNAD Contínua em 2012, refletindo o dinamismo do momento econômico.
Por outro lado, neste trimestre, 1,3 milhão de pessoas procuraram trabalho durante dois anos ou mais.
Perfil
Enquanto a taxa de desocupação da população em idade de trabalhar chegou a 10,4%, o indicador foi de 9,3% para os homens e 11,8% para as mulheres. Por cor ou raça, as taxas observadas diferiram em apenas 5 décimos de ponto percentual entre pessoas brancas (9,4%) e pretas (9,9%), contra 11,1% entre as pardas.
A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio completo (12,6%) ultrapassou dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 10,6%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (5,4%).
Informalidade
A taxa de informalidade para Pernambuco foi de 47,5% da população ocupada. As maiores taxas do Brasil ficaram com Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%) e as menores, com Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%). Essa taxa vem caindo em Pernambuco desde 4º trimestre de 2023.
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.
Entre os empregados do setor privado do estado, 30,1% tinham carteira de trabalho assinada. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e os menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
Já o percentual da população ocupada em Pernambuco trabalhando por conta própria chegou a 24,6%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) e os menores, do Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%).
PNAD Contínua
A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil. A cada trimestre, dois mil entrevistadores integrados às mais de 500 agências da rede de coleta do IBGE visitam uma amostra de 211 mil domicílios, percorrendo cerca de 3.500 municípios situados nas 27 unidades da federação do país.