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Governadores do Nordeste e federações setoriais se reúnem para buscar soluções para os impactos do tarifaço

Representantes das indústrias se reuniram nesta segunda-feira (4) para debater soluções ao tarifaço no Nordeste; Na terça-feira (5), governadora de Pernambuco levará pautas à Brasília

Por Thatiany Lucena

Nesta segunda-feira (4), representantes da das federações de indústria da região, se reuniram para tratar sobre as principais reivindicações do Nordeste em torno do tarifaço

Às vésperas do tarifaço, os governadores do Nordeste levarão ao Governo Federal soluções para amenizar os impactos da sobretaxação na região. Na manhã desta terça-feira (5), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e de outros estados participam de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS). O chamado “Conselhão”, em Brasília, será com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e com o presidente Lula.

À tarde, os governadores também participam de assembleia do Consórcio Nordeste. Até o momento, a assessoria do governo do estado não confirmou a participação da governadora nesta agenda. Entre as principais pautas no estado, estão a criação de uma linha de crédito para os setores impactados pelo tarifaço e a compra, pelo estado, de frutas não exportadas para uso na merenda escolar. 

INDÚSTRIA

Nesta segunda-feira (4), representantes da das federações de indústria da região se reuniram para tratar sobre as principais reivindicações do Nordeste em torno do tarifaço. Na lista, está a tentativa de uma prorrogação do início da aplicação da sobretaxação, aumentando assim o tempo de diálogo. Outra questão defendida pelo setor é a não aplicação da reciprocidade sobre os produtos americanos ao Brasil, medida que poderia gerar outros impactos no país.

O setor também reivindica ajuda por meio de empréstimos para as indústrias que serão impactadas, mas as diretrizes para as linhas de crédito, segundo o setor, só serão definidas após o início do tarifaço, nesta quarta (6).

DIÁLOGO

O presidente da Associação Nordeste Forte, braço da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que reúne as nove federações do Nordeste, Cassiano Pereira, defende o diálogo, na tentativa de buscar soluções aos setores impactados.

“Chegaremos a um acordo com o diálogo e não ter esse 'perde-perde' e sim 'ganha-ganha'. Defendo a união de todos os estados, de todas as federações e as indústrias dos estados do Nordeste”, destaca. Pereira elogiou a atuação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) diante do cenário.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, reforça que o diálogo deve ser também na busca por  mercados alternativos.

“Temos que continuar dialogando nessas relações comerciais, não só com os Estados Unidos, como com outros mercados", disse. Cabral citou como saída a busca por novos parceiros em países da Europa e Ásia.

Cabral destaca também o redirecionamento de alguns produtos para o mercado interno do Brasil. Ele cita uma medida já sinalizada pela governadora Raquel Lyra, que é a compra de produtos pelo próprio estado.