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Índia envia satélite mais caro do mundo para detectar previamente catástrofes naturais

A missão espacial foi desenvolvida em parceria com os Estados Unidos e visa colaborar para a proteção da população mundial

Por Isabel Alvarez

Imagem da Nasa obtida em 29 de julho de 2025 mostra o satélite NISAR em um Laboratório em Pasadena, Califórnia, Estados Unido

A Índia enviou hoje ao espaço o satélite NISAR a bordo de um foguete indiano , que foi lançado da base espacial Satish Dhawan. O satélite poderá detectar o movimento da superfície terrestre e, deste modo, antecipar as catástrofes naturais. Com um custo de 1,3 bilhões de euros, o NISAR é considerado o satélite de observação da Terra mais caro do mundo e o início da captação dos dados científicos é esperado em outubro.


A missão espacial foi desenvolvida em parceria com os Estados Unidos e visa colaborar para a proteção da população mundial e proporcionar informação aos dirigentes sobre resposta a desastres, monitorização de infraestruturas e gestão da atividade agrícola.

O NISAR é equipado com um sistema de dois instrumentos de radar altamente avançados que possibilitarão gerar uma imagem tridimensional dinâmica da Terra com detalhes sem precedentes. O satélite ficará posicionado a 747 quilômetros de altitude do planeta e rastreará as alterações nas zonas florestais e úmidas da Terra, monitorizar a deformação e o movimento das superfícies geladas do planeta. Além disso, irá detectar o movimento da crosta terrestre com uma precisão de um centímetro, essencial para a compreensão de como se movimenta a superfície terrestre antes, durante e depois de terremotos, erupções vulcânicas e deslizamentos de terra.

O satélite tem dois radares que monitorizarão quase toda a superfície da Terra duas vezes a cada 12 dias, incluindo regiões do hemisfério sul polar que raramente são acompanhadas por outros satélites de observação do planeta por radar.

Os sinais captados e armazenados pelo NISAR ainda irão poder ajudar os cientistas a avaliarem mudanças ao longo do tempo nas áreas florestais, úmidas e agrícolas e no permafrost (solo permanentemente coberto de gelo). O satélite também está habilitado para "ver" através das nuvens, permitindo monitorizar a superfície terrestre durante tempestades e em condições de luz e sombra.