A Construção da Paz e a Lei Antifacção
A paz, tema atualíssimo em redes de comunicação e em reuniões de poderosos e tem sido uma preocupação corrente em nossos lares
A paz, tema atualíssimo em redes de comunicação e em reuniões de poderosos e tem sido uma preocupação corrente em nossos lares.
O projeto de lei Antifacção foi feito inicialmente por um grupo de trabalho, composto por especialistas, policiais e membros do Ministério Público, a pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O texto foi enxugado pelo ministro Ricardo Lewandowski e enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A tramitação ganhou velocidade depois da operação da polícia do Rio de Janeiro nas comunidades da Penha e do Alemão que causou grande polêmica social.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou Guilherme Derrite para ser o relator. Para assumir essa função, ele se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo.
Derrite apresentou suas conclusões e tem sofrido bastante criticas de setores políticos e sociais.
O fato é que a a paz é um conceito multifatorial e por isso, em inúmeros casos, é difícil de ser construída, por isso devem ser evitados discursos populistas de que em algumas horas de conversa ela possa ser alcançada.
Passo grande parte de minha vida, como advogado intermediando paz e composição em diversos litígios.
A ausência de paz se observa em variados comportamentos, que necessariamente não se enquadram e estado de guerra, como preconceitos e violações de direitos humanos e vão se enraizando densamente em nossas culturas.
A violência nos lares irradia seus efeitos devastadores na sociedade e é, muitas vezes, silenciosa e traiçoeira.
Tanto o é, que no último ano tivemos diversos alertas nas escolas de nossos filhos acerca de possíveis atos de violência no âmbito das escolas.
A violência, em todas as suas formas, tem um impacto nocivo para as sociedades. E a exclusão e a discriminação não apenas violam direitos humanos, como também causam ressentimentos e animosidade, podendo dar chance ao crescimento de violências e um circulo vicioso.
A violência mata nossos corpos e nossa almas, tiras nossa esperança, nos deixa doentes e sem rumo.
O nosso rei Roberto Carlos já cancionou:
Todos Estão Surdos – Roberto Carlos
Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo
Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo
Do que me serve ter todas as riquezas e sabedoria se eu não estiver em paz comigo e com o próximo para usufruir, é preciso ressignifcar essa cultura de paz que começa em mim e deve ser irradiada para todos.
Fiquemos em paz.
Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues. Advogado e professor universitário.