Roubo na Biblioteca Mário de Andrade: Interpol é notificada para impedir saída de obras do Brasil
O objetivo é impedir que os criminosos consigam enviar para o exterior as 13 gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari roubadas
A Prefeitura de São Paulo notificou a Interpol, por meio da Polícia Federal (PF), sobre o roubo de obras de arte da Biblioteca Mário de Andrade, neste domingo, 7. O objetivo é impedir que os criminosos consigam enviar para o exterior as 13 gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari roubadas. A Polícia Civil segue investigando o crime.
Ainda no domingo a administração municipal encaminhou um documento às autoridades federais e internacionais, anexando informações e registros fotográficos de todas as obras. A Interpol possui um aplicativo e um banco de dados global, que são utilizados para identificar e recuperar obras de arte roubadas.
As peças faziam parte da exposição "Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade" e estão protegidas por apólice de seguro vigente, de acordo com a Prefeitura.
O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) por meio do Cadastro Nacional de Bens Musealizados Desaparecidos (CBMD), e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), via Banco de Bens Culturais Procurados foram informados sobre o caso. Assim como a Associação de Galerias de Arte do Brasil (AGAB).
Biblioteca Mário de Andrade
Inaugurada em 1926, a Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior do Brasil, com um acervo de 327 mil livros, incluindo 51 mil obras raras. Tombada em 1992, o prédio em estilo Art Déco foi reformado entre 2007 e 2011. O prédio fica localizado na Rua da Consolação e recebeu seu nome em 1960, em homenagem ao escritor Mário de Andrade.