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Ex-presidente da FUNAI é condenado há 10 anos

Marcelo Xavier foi condenado por perseguição a funcionários públicos, lideranças indígenas e um procurador da República

Por Isabel Alvarez

Ex-presidente Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) Marcelo Augusto Xavier da Silva

Nesta quinta-feira (16), Marcelo Xavier, ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), durante o governo de Jair Bolsonaro, foi condenado a uma pena de 10 anos de prisão por perseguição a funcionários públicos, lideranças indígenas e um procurador da República.

O réu, que comandou a FUNAI entre 2019 e 2022, também foi condenado à perda do cargo de delegado da Polícia Federal e ao pagamento de uma indenização de 50 mil reais a cada vítima.

O juiz Thadeu José Piragibe Afonso, da segunda Vara Federal Criminal do Amazonas, concluiu que o ex-presidente da FUNAI tentou pressionar funcionários da fundação a aprovarem o projeto do Linhão do Tucuruí, ao pedir à Polícia Federal que investigasse esses servidores, mesmo sabendo que as acusações contra eles eram falsas.

Em causa está um processo de licenciamento ambiental para uma linha de transmissão de energia entre as cidades de Manaus e Boa Vista. O projeto, que previa a construção de uma linha de transmissão elétrica, enfrentou dificuldades em obter licenças ambientais, uma vez que atravessaria a terra indígena Waimiri Atroari, na Amazônia, o que acabou por atrasar a sua realização.

Entretanto, a defesa de Xavier declarou que vai recorrer da decisão do juiz.