Raquel Lyra reclama da demora para aprovar empréstimo de R$ 1,7 bilhão e rechaça uso eleitoral
O projeto seria votado nesta terça (18), mas não entrou na pauta, após o impasse envolvendo o novo percentual das emendas parlamentares da Receita Corrente Líquida (RCL)
A governadora Raquel Lyra (PSD) demonstrou, no final da tarde desta terça-feira (18), que ficou inconformada porque o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), não pautou o pedido de empréstimo de R$ 1,7 bilhão, como havia garantido. Ela participou de um seminário no Complexo Portuário de Suape sobre a Ferrovia Transnordestina e reclamou da demora para o projeto ser votado no plenário.
“Como é que a gente consegue crescer sem ter água, sem ter estrada, sem ter porto, sem ter aeroporto? Nas estradas, a gente já reformou mais de 1.500 quilômetros e vamos fazer mais 1.500 km, no ano que vem, e precisa sair operação de crédito para isso. Esse R$ 1,7 bilhão, que está em discussão na Assembleia há 164 dias, é importante dizer que, em média, isso no Brasil tramita em 5 dias”, falou Raquel.
A governadora rechaçou qualquer avaliação feita pelos adversários de que pretende aplicar os recursos em 2026, quando disputará a reeleição. “Isso não é sobre mim.. ‘Ah, mas ela vai utilizar isso de maneira eleitoreira’. “Se eu tivesse querendo tratar somente da situação das eleições, eu não estava querendo tratar a situação difícil da Transnordestina”, salientou a governadora.
O pedido de empréstimo chegou ao Legislativo no dia 5 de junho, portanto há 166 dias. A relatora foi a deputada Débora Almeida (PSDB), que apresentou um substitutivo para forçar o voto favorável dos deputados de oposição nas principais comissões da Alepe. Ela propôs a divisão de 50% dos recursos com todos os municípios, certa de que a maioria governista reprovará no plenário e aprovará o projeto original enviado por Raquel.
O projeto estava previsto para ser votado hoje, mas não entrou na pauta, após o impasse envolvendo o novo percentual das emendas parlamentares de 1,55% da Receita Corrente Líquida (RCL), a partir de 2027. Álvaro Porto defende que que a Assembleia Legislativa se adeque ao que vigora na Câmara Federal, mas Raquel Lyra afirma que, se aumentar de 0,9% para 1,55%, causará impacto no planejamento financeiro de Pernambuco.