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Novo Projeto de Lei sobre emendas tramita na Alepe e visa forçar o Governo a negociar

Um novo Projeto de Lei visando reajuste das emendas parlamentares foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta terça-feira (18)

Por Ricardo Dantas Barreto

Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE)

Um novo Projeto de Lei visando reajuste das emendas parlamentares foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco, nesta terça-feira (18) e tramitará nas comissões permanentes. No texto tem indicação do percentual de 1,55% que valeria a partir de 2027 e indica que se baseia “na decisão proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n° 854 (ADPF 854), de relatoria do Ministro Flávio Dino (do STF), que reafirmou a necessidade de ampla transparência e rastreabilidade na destinação e execução das emendas parlamentares, como requisito essencial para a concretização dos princípios republicanos e o efetivo controle social da execução orçamentária”.

De acordo com a decisão do STF, na Câmara Federal a soma dos valores das emendas é limitada em 1,55% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. E é este mesmo percentual que o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), quer adotar em Pernambuco.

O novo projeto foi a alternativa encontrada para tentar negociar com a governadora Raquel Lyra (PSD). Ela é contra, argumentando que, mesmo sendo prevista para 2027, não haverá orçamento. Com o aumento, o valor total das emendas parlamentares aumentará em cerca de R$ 300 milhões.

Diante do impasse entre Governo e Legislativo, Álvaro Porto decidiu tirar da pauta a proposta de autoria do deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), que estabelecia o reajuste das emendas em 2%, o que é inconstitucional. E também não pautouo pedido de empréstimo de R$ 1,7 bilhão que o Governo do Estado pretende contratar em 2026.

LIBERAÇÃO DOS RECURSOS

O Projeto de Lei estabelece critérios para a liberação dos recursos por parte do Governo. Em 2024, as emendas Pix foram pagas, porém a maioria das emendas que dependem de projetos mais detalhados só começou a ser paga neste ano, pois teriam havido problemas técnicos.

O novo texto “se harmoniza com a Lei Complementar Federal n° 210/2024, que estabeleceu um marco nacional para a execução de emendas”. “Ao definir um rol objetivo de hipóteses de impedimentos de ordem técnica, a proposta evita análises subjetivas e arbitrárias, garantindo que a execução das emendas só seja obstada por razões técnicas plausíveis e devidamente fundamentadas, em conformidade com a legislação federal. Trata-se, portanto, de medida necessária para fortalecer a efetividade das emendas parlamentares, aperfeiçoar a gestão fiscal do Estado e promover a cooperação institucional equilibrada entre o Legislativo e o Executivo”, diz o novo texto apresentado.