Pedro Campos culpa Tarcísio de Freitas por indicar relator do Projeto Antifacção com interesse eleitoral
O líder do PSB alertou que "quem tentar utilizar esses projetos para estar fazendo palanque político-eleitoral ou ou discurso de botar um lado da política contra o outro, eu acho que vai quebrar a cara"
Líder do PSB na Câmara Federal, o deputado Pedro Campos avalia que toda a polêmica em torno do Projeto de Lei da Antifacção tem como raiz a intromissão do governador de São Paulo e presidenciável, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foi dele a indicação para o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para sair da Secretaria de Segurança para assumir a relatoria do projeto.
“A escolha do governador Tarcísio de se meter na discussão foi errada. Ele tem já os seus problemas e resolveu tirar o seu secretário de segurança Pública, que devia estar cuidando da segurança de São Paulo. E por uma questão política eleitoral querer colocá-lo para ter uma vitrine, relatando esse projeto”, condenou Pedro, em entrevista ao Blog Dantas Barreto, nesta quinta-feira (13).
Questionado se o presidente da Câmara, Hugo Motta, errou ao aceitar a indicação de Derrite, Campos preferiu avaliar que ele acatou o pedido de um governador do seu partido.
Na opinião do deputado, o erro no nascimento piorou “quando Derrite publicou aquele primeiro relatório, que tinha retrocessos enormes em relação à atuação da Polícia Federal”. “Foi um erro ainda maior. Essa questão deveria ser tratada não como eleitoral, mas uma questão de problema nacional, que deveria mobilizar e envolver todo mundo que tem uma preocupação com o Brasil”, acrescentou.
Pedro Campos disse ser necessário, não só a aprovação do projeto antifacção, como também a PEC da Segurança Pública, para garantir a participação de todos no enfrentamento à criminalidade. “O próprio movimento que os governadores estão fazendo de criar um consórcio vai na mesma direção da PEC da Segurança. Tem que colocar na Constituição, e não de uma maneira improvisada, essa integração. Esse movimento está sendo feito por eles aponta a necessidade de unidade pra aprovação desses projetos”, falou.
Em seguida, o líder do PSB alertou que “quem tentar utilizar esses projetos para estar fazendo palanque político-eleitoral ou ou discurso de botar um lado da política contra o outro, eu acho que vai quebrar a cara”. “Quem tem que quem tem que enfrentar isso é juntando aqueles que querem o bem da população, juntando a política para enfrentar as facções criminosas”, ressaltou.