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Foto: Polícia Civil |
A facção criminosa, alvo de operação da Polícia Civil, nesta sexta-feira (7), foi responsável por, pelo menos, 10 homicídios na Zona Sul do Recife. Segundo a Corporação, todos aconteceram por disputas territoriais.
A quadrilha é especializada em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios. Além disso, movimentou mais de R$ 38,8 milhões, que foram bloqueados pela Justiça.
A Operação Ibiza leva esse nome por conta do flat em que foi deflagrada, em Boa Viagem, na Zona Sul. Nesse mesmo flat, em outubro de 2022 o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), prenderam, em flagrante, um homem com 1,3 toneladas de maconha prensada. Ele era o líder desse grupo. Em seguida, em 2024, foi feita uma outra grande apreensão de drogas dessa mesma organização.
Até o momento, 9 pessoas foram presas, dos 11 mandados de prisão emitidos, e foram cumpridos 16 de busca e apreensão, dos 19.
Os mandados foram cumpridos no Recife, Olinda, Abreu e Lima, Camaragibe, Igarassu, Paulista, São Lourenço da Nata, Santa Cruz do Capibaribe, Itaquitinga, Itamaracá (Pernambuco); Curitiba e Colombo (Paraná);Taguatinga (Distrito Federal).
Segundo Diego Pinheiro, gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a investigação iniciou após um aumento de assassinatos nos bairros de Boa Viagem, Brasília Teimosa e no Pina, em 2024.
“E verificamos que a partir do significativo aumento nos casos de homicídio nessa região, que essa organização criminosa estava envolvida, sim. Identificamos que eles estavam em uma disputa territorial com outro grupo, no qual o líder também está preso, só que no estado do Rio de Janeiro”, explicou o delegado.
Para o delegado, o objetivo primordial “era prender esses outros integrantes, bem como fazer a asfixia financeira dessa organização, no intuito de desestruturá-la por completo”.
Sobre a lavagem de dinheiro, o delegado explicou que o grupo usava laranjas, que “muitas vezes, não tinha ligação com a organização criminosa, que estavam com o seu CPF e, também, através de empresas de fachada”.
A Polícia afirmou que, mesmo preso, o líder da quadrilha continuava a passar informações para seus subordinados, por isso, foi transferido para o Presídio de Tacaimbó em 2024.