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Dia do Frevo: comemoração especial pelos seus 118 anos começa neste domingo

Paço do Frevo, museu que também festeja 11 anos de fundação, apresenta uma vasta e gratuita programação; Confira

Publicado em: 07/02/2025 12:27 | Atualizado em: 10/02/2025 07:09

 (Leandro de Santana/DP)
Leandro de Santana/DP

Em comemoração aos 118 anos do Frevo e também aos 11 anos do Paço do Frevo, o museu criou uma programação especial para essa celebração. O frevo é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO e Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O evento começa neste domingo (9), às 17h, e dá início a uma semana repleta de atividades culturais, com programação gratuita para celebrar o frevo, a música e a dança. 

 

Confira a programação:

 

A abertura da festa promete ser um grande espetáculo ao ar livre num palco montado em frente ao museu. Com início às 17h,  a apresentação da Orquestra Popular do Recife, comandada pelo Maestro Formiga, um dos maiores nomes do frevo, abre as portas para os festejos. Comemorando 50 anos de história, a orquestra se destaca pela sua potência, sendo reconhecida nacional e internacionalmente. O evento também contará com a participação da Companhia de Frevo do Recife, que, a mais de 20 anos, encanta o público com suas apresentações vibrantes, transmitindo toda a energia do frevo no palco.

 

Na terça-feira, dia 11, será a vez do tradicional "Troca-Troca de Fantasias", que acontecerá das 10h às 19h no Paço do Frevo. A ação promove a economia sustentável, incentivando o reaproveitamento de fantasias e adereços carnavalescos, além de estimular o consumo consciente. Para participar, basta se inscrever gratuitamente e agendar a entrega das peças até o dia 8 de fevereiro.

 

Na quinta-feira, dia 13, das 15h às 19h, o Paço se transforma no palco da Feira “No Corre do Frevo”, que reúne 13 marcas pernambucanas lideradas por mulheres. O evento valoriza o empreendedorismo feminino e o mercado criativo carnavalesco, trazendo ao público uma variedade de fantasias, acessórios e adereços. Durante a feira, também serão realizadas vivências de frevo, comandadas pela passista Patrícia Fernandes, que levará o público a dançar e sentir o ritmo contagiante do frevo de forma interativa.

 

Para encerrar as comemorações, no sábado, dia 15, o Paço do Frevo receberá o show Luciano Magno. O guitarrista e compositor Luciano Magno, trará uma homenagem ao saudoso Moraes Moreira, com uma seleção de clássicos que marcaram a música popular brasileira, como "Pernambuco Meu" e "Vassourinha Elétrica". 

O espetáculo integra a programação paralela da exposição “Mancha de Dendê Não Sai - Moraes Moreira”, que promete reviver a rica história do artista baiano e sua profunda influência no frevo e na música brasileira.

 

História do Frevo

 

O frevo surgiu no século XIX, no Recife, Pernambuco, e o dia 9 de fevereiro foi escolhido para comemorar o Dia do Frevo por ser a data em que o ritmo foi citado pela primeira vez na imprensa, em 1907, pelo jornal Jornal Pequeno. 

 

A expressão usada para nomear essa arte aparece derivada do verbo “ferver”.O frevo é uma expressão cultural das classes populares que surgiu no contexto de pós-abolicionismo, quando as tensões entre as bandas militares e os escravizados recém-libertos eram intensas. 

 

Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

 

O Frevo teve seu reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em 2014. Essa distinção foi concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que reconheceu a importância do Frevo como expressão cultural única e relevante para a identidade brasileira.

 

Além disso, o Frevo também foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em 2012. Essa distinção internacional reforçou a importância do Frevo como expressão cultural que vai além de fronteiras e contribui para a diversidade cultural mundial.

 

Esta semana de celebrações realizada pelo Paço do Frevo  promete resgatar e exaltar o frevo, trazendo à tona a importância do ritmo para a identidade cultural do Recife e de Pernambuco. Com apresentações musicais, atividades de dança e iniciativas que promovem a economia criativa e sustentável, tudo de forma gratuita.


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