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Marco Nanini e Othon Bastos estrelam programação do Festival Recife do Teatro Nacional

Festival ocupará, de 21 de novembro a 1º de dezembro, teatros, ruas e praças com 31 espetáculos: 18 locais e 13 montagens nacionais, com a participação especial de Marco Nanini, um dos homenageados

Publicado em: 11/11/2024 15:11 | Atualizado em: 11/11/2024 15:30

Marco Nanini e Othon Bastos são atrações do Festival Recife do Teatro Nacional (Foto: Divulgação/Beti Niemeyer
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Marco Nanini e Othon Bastos são atrações do Festival Recife do Teatro Nacional (Foto: Divulgação/Beti Niemeyer )
Diversidade de estéticas, sotaques e experimentações cênicas permeiam os onze dias do 23ª Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN). Entre 21 de novembro e 1º de dezembro, os recifenses estão convidados a refletir e se emocionar em 31 espetáculos (13 nacionais e 18 locais) com o tema "Atuação e a Representatividade". Realizado pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), o evento terá ingresso solidário, mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, que poderá ser trocado nas bilheterias dos teatros antes das sessões.

Nesta segunda-feira (11) foi revelada a programação completa, que contará com Marco Nanini, um dos homenageados desta edição, além de Othon Bastos, Silvério Pereira e outros grandes nomes das artes cênicas. A maratona passará pelos teatros Parque, Santa Isabel, Luiz Mendonça, Apolo, Hermilo Borba Filho e Barreto Júnior, além de levar espetáculos ao Paço do Frevo, Rua da Aurora e aos Parques da Macaxeira e Tamarineira, com o intuito de promover a descentralização cultural. 

“Queremos levar a arte além do teatro, ocupando também as ruas, os equipamentos culturais, as escolas, os hospitais e as praças revitalizadas para aproximar a cultura das pessoas. Essa presença da arte em diversos espaços e linguagens faz a diferença, pois desperta o interesse do público em consumir cultura”, afirma a secretária de Cultura, Milu Megale. Ela acredita que trazer a cultura para perto pode fazer toda a diferença no futuro de uma criança “Nossa missão é criar esse contato, inspirar as pessoas, e até transformar vidas. Uma criança que assiste a um espetáculo na escola pode se identificar com uma dança ou com um instrumento musical e, a partir daí, encontrar um novo caminho”.

Os homenageados do festival são Marco Nanini e Ivonete Melo (in memorian). Nanini, com sólida carreira no Rio de Janeiro, retorna ao Recife, sua cidade natal, para abrir o evento com a peça Traidor, dirigida por Gerald Thomas. Ele traz consigo o sabor da infância recifense, que sempre evoca em suas entrevistas. Ivonete, com mais de 20 anos à frente do Sated-PE e uma trajetória marcante no grupo Vivencial Diversiones, é uma das personalidades mais queridas e respeitadas do teatro pernambucano. "Neste ano, o trabalho do ator é o foco, por meio do legado de um grande ator e uma atriz, que tinha a militância como marca”, pontua o presidente da FCCR, Marcelo Canuto.

A programação, selecionada por edital e pareceristas nacionais, traz ao Recife o Armazém Cia. de Teatro, que não se apresenta na cidade há anos, e momentos marcantes, como a peça Não me Entrego, Não, com Othon Bastos, aos 91 anos e 71 de carreira. O festival também será palco para estreias, como Inacabado, do grupo cearense Bagaceira, e Édipo Rei, do Magiluth, grupo pernambucano aclamado por suas produções inovadoras. 

André Brasileiro, diretor artístico do Festival Recife do Teatro Nacional, detalha o processo curatorial, que teve como ponto de partida a temática do evento e a escolha dos homenageados. “A programação do festival foi pensada a partir de um conceito interno que desenvolvi na direção artística. Além disso, contamos com um edital e uma comissão, composta este ano por quatro pareceristas selecionados por convocatória. A partir dessa base, refletimos sobre a atuação e a representatividade, com foco no trabalho do ator e na escolha dos homenageados. A programação foi construída com essas diretrizes em mente”, comenta.

O olhar para o teatro local e a representatividade se reflete também na criação do OffREC, que terá agenda com experimentos, espetáculos ainda em processo e discussões propostas por artistas da cena. A ideia é oferecer uma programação intensa, pela manhã, tarde e noite, transformando o Teatro Hermilo num espaço de circulação permanente, num ponto de encontro para os fazedores e amantes do teatro, de 25 a 30 de novembro. Além disso, cinco oficinas e uma grade de rodas de diálogo, vivências, performance e debate são atividades da etapa formativa do festival.  As inscrições são online, gratuitas e seguem abertas até 15 de novembro. O link está na bio do perfil @culturadorecife, no Instagram.

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