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Combate ao crime

Fraude em sistema de empresa e boletos com preço irrisório: veja como era esquema criminoso desmontado pela Operação Argos

Segundo Polícia Civil, funcionário de empresa e comparsa foram presos e oito mandados de busca foram cumpridos no Grande Recife, nesta quarta (6)

Publicado em: 06/11/2024 12:37 | Atualizado em: 06/11/2024 12:45

Equipamentos eletrônicos foram aprendidos em operação  (Foto: Polícia Civil)
Equipamentos eletrônicos foram aprendidos em operação (Foto: Polícia Civil)
O esquema de furto mediante fraude e lavagem de dinheiro desmontado pela Operação Argos, da Polícia Civil, nesta quarta (6), tinha participação de um funcionário da empresa prejudicada pela organização criminosa. 
 
Os criminosos se beneficiaram de vendas ilegais de mercadoria e se apoderavam de valores, contando com adulteração de boletos bancários.
 
Assim, uma mercadoria era vendida por um preço para o cliente, mas, de fato, o montante cobrado no boleto era bem inferior ao previsto originalmente. 
 
Isso beneficiava o funcionário da empresa e um comparsa. 
 
A nota fiscal da mercadoria era emitida com valor aparentemente correto, mas a empresa não recebia o valor total marcado em cada produto. 
 
Segundo a Polícia Civil, esse funcionário e o principal beneficiário dos desvios de dinheiro da empresa, no Grande Recife, foram presos pela Operação Argos.
 
Esse termo foi usado para batizar a ação, uma vez que é  o nome do sistema de compras e vendas, alvo dos crimes. 
 
A polícia não divulgou o nome da empresa nem identificou os envolvidos.
 
Também não disse que mercadorias eram alvo das fraudes. 
 
Entenda

 
Na Argos, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. 
 
A polícia  solicitou também o bloqueio de bens das pessoas envolvidas,  avaliados em mais de R$ 5 milhões. 
 
Na manhã desta quarta (6), a delegada Stephanie Almeida concedeu uma entrevista e explicou  como funcionava o esquema criminoso.
Ainda segundo a delegada, a empresa foi a principal lesada por esse esquema, que começou em 2016.
 
As investigações tiveram início em 2022 e chegaram aos valores retirados por meio das fraudes no sistema,a de compra e venda. 
"Eram compras aparentemente legais. O funcionário fraudava o sistema Argos e a nota fiscal saía com valor bem inferior, irrisório", afirmou a policial. 
 

Operação
 
A investigação teve início em julho de 2022. 

Conforme a PCPE, foram mobilizados 60 policiais civis, incluindo delegados, agentes e escrivães. A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL) e o Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD) assessoraram a operação, que também contou com o apoio operacional do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCPE).

Essa foi a 56ª Operação de Repressão Qualificada vinculada à Diretoria Integrada Especializada (Diresp), sob a presidência das delegadas Viviane Santa Cruz, Stephanie Almeida e Lígia Cardoso, respectivamente, titular e adjuntas da Delegacia de Polícia de Repressão ao Estelionato (DPRE), unidade integrante do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). 

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