CANAL DO FRAGOSO
Barragem temporária foi a causa da morte de peixes no canal do Fragoso, diz CPRH
O Gerente da Unidade da CPRH disse que a água represada na ensecadeira tem nível de oxigênio inferior ao da água do rio, o que provocou a morte dos peixes
Por: Aimé Kyrillos
Publicado em: 13/09/2024 16:34 | Atualizado em: 13/09/2024 16:40
Os peixes mortos foram enterrados em um terreno onde são realizadas as obras do Canal do Fragoso, em Olinda (Foto: Arquivo/DP) |
Na manhã desta sexta-feira (13), uma equipe especializada da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) realizou uma vistoria nas obras do Canal do Fragoso, para entenderem as causas que levaram à morte de alguns peixes no local.
Os peixes apareceram mortos na quinta-feira (12). Segundo a CPRH, o problema ocorreu na ensecadeira, que é uma barragem temporária construída para desviar o curso do rio e permitir o andamento das obras.
Ainda de acordo com a CPRH, o incidente foi causado pelas fortes chuvas, que provocaram o rompimento da barragem provisória e permitiram a entrada dos peixes no local.
Iran Vasconcelos, gerente da Unidade de Gestão de Fauna Silvestre da CPRH, disse que a água represada na ensecadeira tem um nível de oxigênio inferior ao da água corrente do rio, o que levou à morte dos peixes.
"Como a água represada na ensecadeira tem menos oxigênio que nas águas que correm no rio, esses peixes vieram a óbito", explicou Vasconcelos.
A equipe da CPRH realizou uma avaliação completa da área, verificou as licenças da obra e orientou a empresa responsável a realizar os reparos necessários na ensecadeira.
Além disso, foi determinada a destinação adequada dos peixes mortos para um aterro sanitário.
Vasconcelos também destacou que os peixes afetados eram tilápias, uma espécie considerada invasora na região.
"Vale salientar que os peixes que morreram foram tilápias, que é considerada como um tipo invasor em nossa região, por isso não causaram um impacto tão grande ao meio ambiente como imaginávamos", afirmou.
A obra do Canal do Fragoso é considerada de grande importância para o controle de enchentes na região, e a CPRH segue monitorando o andamento dos trabalhos para garantir que os padrões ambientais sejam respeitados.
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