Sem transporte
Greve nos ônibus: sindicato das empresas vai à Justiça do Trabalho pedir julgamento de dissídio coletivo de motoristas
A Urbana informou que até as 6h desta segunda (12) apenas 23% da frota estava em operação
Publicado em: 12/08/2024 13:17 | Atualizado em: 12/08/2024 13:20
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Grande Recife (Urbana-PE) informou, na tarde desta segunda (12), que entrou com pedido de julgamento do dissídio no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A entidade também se pronunciou sobre o primeiro dia de greve dos motoristas de ônibus, deflagrada desde a meia-noite.
A Urbana informou que até as 6h desta segunda apenas 23% da frota estava em operação.
"Isso comprometeu o direito de ir e vir e causando transtornos para a população", informou uma nota divulgada pela entidade patronal.
Segundo a entidade, o Sindicato dos Rodoviários bloqueou as garagens de todas as empresas de ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife.
Com isso, os motoristas impediram a circulação da frota e o trabalho dos profissionais que não desejam aderir à greve.
"Alertamos que os bloqueios contam com o envolvimento direto de grupos políticos e pessoas de outros estados, sem relação com a categoria local dos rodoviários", afirmou a nota.
Ainda segundo a Urbana-PE, a atitude do Sindicato dos Rodoviários "descumpre tanto a determinação de frota mínima de 70% estabelecida pelo Grande Recife Consórcio de Transporte quanto a Lei 7.783/89, a lei de greve".
O que dizem os motoristas
O presidente do Sindicado dos Rodoviários, Aldo Lima, responsabiliza a falta de diálogo e acordo com os empresários e Governo do Estado diante da greve dos motoristas.
Procurado pelo Diario de Pernambuco, o TRT informou que iria checar se o pedido de dissídio já tinha sido entregue.
"A greve tem os dois culpados, os empresários, que estão em transigência, e o Governo do Estado, que tem responsabilidade com o transporte público e não nos ajudou nessa negociação", afirma.
Por meio das redes sociais, usuários do transporte público relatam a longa espera por ônibus. Uma passageira contou que ficou entre 4h25 até 5h30 em uma parada de ônibus em Igarassu, na Região Metropolitana, mas que nenhum ônibus passou neste período.
Outra usuária alegou que a Integração Barro também está sem ônibus, enquanto outras passageiras disseram que não havia transporte nos bairros da Várzea e Nova Descoberta, além de Paulista e Abreu e Lima.
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