GUERRA
ONU diz que guerra na Ucrânia já matou mais de 10 mil civis
Recentemente, a Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia
Publicado em: 21/11/2023 13:26 | Atualizado em: 21/11/2023 13:46
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Lavrov defende que a Ucrânia tem de ser ''desmilitarizada'' (Crédito: INA FASSBENDER / AFP) |
O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou nesta teça-feira (21) que mais de dez mil civis já morreram na Ucrânia desde a invasão da Rússia, em fevereiro de 2022, sendo ainda que cerca de metade destas mortes ocorreram muito atrás das linhas da frente de combate.
Recentemente, a Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Ucrânia, estabelecida pela ONU, também divulgou um relatório, no qual indicou que as forças russas cometeram crimes de guerra, assassinatos intencionais, tortura, confinamento ilegal, ataques contínuos a infraestrutura relacionada à energia, sequestro de crianças e estupros em sua invasão ao território ucraniano.
Guerra sem expectativa de fim
Por sua vez, o ministro das Elações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou hoje que a “operação militar especial” só acabará quando o “regime de Kiev chegar ao fim”. “O atual regime da Ucrânia é absolutamente tóxico. Não há qualquer possibilidade de coexistência”, acrescentou.
Lavrov defende que a Ucrânia tem de ser “desmilitarizada”, “desnazificada” e que a gestão externa da Ucrânia tem de acabar para que “deixe de ser uma ameaça para a Rússia”. “A missão russa é liquidar por completo o perigo para o Estado russo e para o povo russo que é emanado pelo regime ucraniano”, garantiu o chanceler.
O ministro da Rússia também acusou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de ter enviado ‘armas proibidas’ para a Ucrânia e que a Aliança militar deve ser tida como ‘responsável’, assegurando que Moscou pode contrariar as ações do Ocidente pelo “tempo que for necessário” até que os objetivos na Ucrânia sejam alcançados. Por fim, Lavrov ainda culpou Kiev de ter cometido múltiplos crimes de guerra contra civis.