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EXPERT XP 2022

Com Daniella Marques no comando, Caixa aposta em educação financeira e novos projetos

Publicado em: 08/08/2022 15:33 | Atualizado em: 08/08/2022 15:34

 (Crédito: Divulgação/Expert XP 2022)
Crédito: Divulgação/Expert XP 2022
Durante a Expert XP 2022, o maior evento de investimentos do mundo, Daniella Marques, nova presidente da Caixa, afirmou na quarta-feira (3) em São Paulo qual o objetivo dela à frente do banco. “Educação financeira na veia, explicar os produtos de crédito, traduzir, eu acho que a gente pode fazer um trabalho transformacional muito grande. É nisso que a gente está focado, esse é um dos legados que eu quero deixar”, disse.

Daniella participou do painel “Crédito e inclusão – o papel da Caixa na retomada da economia brasileira”, na Expert XP 2022, com a presença de Débora Santos, gerente de Relações Governamentais da XP Inc., e Natalie Victal, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

A nova presidente assumiu o cargo há um mês, depois que o então presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, caiu em meio a denúncias de assédio moral e sexual feitas por funcionárias do banco público. 

E, entre os maiores bancos do país, com uma carteira de crédito de R$ 900 bilhões e 148 milhões de clientes, a Caixa Econômica Federal quer transformar brasileiros, especialmente os trabalhadores informais, em micro e pequenos empresários. “Eu acho que o empreendedorismo é uma grande ferramenta de transformação social e de redução de desigualdade social”, disse a nova presidente da Caixa, Daniella Marques, durante a Expert 2022, evento organizado pela XP, em São Paulo. 

A estratégia, segundo Daniella, é usar a capilaridade da Caixa, estando presente em 99,5% dos municípios brasileiros e que opera hoje todos os programas sociais do governo, para “levar essa jornada empreendedora” aos brasileiros. 

Projetos

A Caixa Econômica Federal irá lançar em setembro o programa ‘Caixa Minha Primeira Empresa’, focado na formalização de jovens, segundo afirmou a presidente do banco. “O jovem hoje quer empreender, quer inovar. Estamos falando de 45 milhões de pessoas que a gente pode estar atingindo com esse programa”, afirmou.

Daniella afirmou ainda que, em relação ao crédito, pretende manter a vocação habitacional da CEF, mas que quer evoluir no microcrédito e no crédito aos microempreendedores. Em um comentário em relação ao governo anterior, afirmou que “quer migrar o crédito dos campeões nacionais para os heróis nacionais (os empreendedores)”.

Durante sua participação no evento da XP, a presidente da Caixa anunciou também que o banco deverá firmar uma parceria com o BNDES para ganhar escala na modelagem de programas de concessões e parcerias público-privadas voltados a municípios.
 
“O BNDES tem uma inteligência de estruturação de projetos. Eu tenho (na Caixa) a distribuição de projetos. Podemos fazer um acordo de cooperação, estamos desenhando (a parceria) para que a carteira de projetos que a Caixa trabalha hoje com algumas prefeituras, de iluminação pública, resíduos sólidos e creches, seja uma fábrica de mais escala e a gente replique isso Brasil afora. Temos mais de 5 mil municípios e as prefeituras não têm capital humano para estruturar (projetos de concessão)”, disse Daniella.
 
Caixa para Elas
 
No tocante ao público feminino, destacou a criação do “Caixa para elas”, que prevê espaços nas agências focados na prevenção à violência contra a mulher, na promoção do empreendedorismo feminino e em produtos dedicados para mulheres. Além disso, citou que em muitas indústrias o foco é nas mulheres, que muitas vezes concentram o poder de decisão de consumo. Entretanto, isso é algo que não enxerga no mundo das finanças. Neste sentido, afirmou que a CEF está se preparando para focar no público feminino. E que, em sua visão, os outros bancos terão de “correr atrás”.

Segundo ela, o programa é resultado dos esforços de pelo menos cinco ministérios, Sebrae, a própria CEF e do Banco Mundial. Por fim, destacou que após estar no centro da política pública, a experiência em uma “máquina de varejo” acaba sendo complementar.

Governo

Quando perguntada sobre as perspectivas para o Brasil, destacou que, após pandemia e guerra, vê o Brasil decolando em direção a uma trajetória de crescimento. Acrescentou que o plano do Governo atual não é que o cidadão se perpetue nos programas sociais para atender os interesses político-partidários, mas sim que ele possa ter um emprego e, assim, não precisar mais de programas sociais.
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