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MAXILÁRES

Cirurgia ortognática melhora qualidade de vida de pacientes

Publicado em: 11/08/2022 08:42

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
Apneia do sono, mordida aberta, dificuldades respiratórias e digestórias, sorriso gengival, queixo pequeno ou grande, e desarmonização facial são problemas causados por alterações no crescimento dos maxilares. A cirurgia ortognática, responsável pela correção do formato e posicionamento dos maxilares, é um procedimento estético-funcional indicado para a melhoria na qualidade de vida dos pacientes com anomalias dentofaciais quando o tratamento clínico isolado com o aparelho dentário não oferece um resultado estável e satisfatório. 

Segundo o especialista e mestre em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, Lucas Morais, durante a infância, a recomendação é a correção das anomalias com o uso de aparelhos ortodônticos e ortopédicos. O tratamento ortognático é indicado apenas para pacientes que já atingiram a maturidade óssea, após os 18 anos, e que não irão apresentar novos surtos crescimentos ósseos ou crescimentos tardios. “Quando as discrepâncias são acentuadas, causam transtornos funcionais e psicológicos, é possível antecipar a cirurgia antes da maioridade, porém, os pacientes e seus familiares precisam entender que poderá haver um crescimento residual e uma mudança na posição dos ossos e a necessidade de um novo procedimento no futuro”, explicou. 

Para os pacientes com idade mais avançadas, os riscos e benefícios devem ser avaliados pelo ortodontista e cirurgião, já que pessoas nessa faixa etária possuem mais chances de sofrerem com doenças sistêmicas que os mais jovens, o que poderia contraindicar a cirurgia.

O diagnóstico é realizado de forma clínica por um ortodontista, com a análise da face do paciente e da sua mordida, e através de exames de imagens e ortodônticos. Antes do procedimento cirúrgico, o paciente precisa passar pelo tratamento ortodôntico, no qual a posição dos dentes é corrigida em função das bases ósseas, com os dentes superiores em relação à maxila e inferiores a mandíbula, para que mordida esteja mais estável no pós-operatório e apresente resultados mais previsíveis.

“A cirurgia é realizada inteiramente por dentro da boca, não deixando cicatrizes na face. Depois que os ossos são colocados nas posições corretas, são inseridas mini placas e parafusos de titânio para mantê-los estáveis”, contou o especialista. Após a intervenção cirúrgica, o paciente pode apresentar dificuldades na alimentação e higiene por causa do inchaço na região. O ideal é a orientação com um nutricionista para uma dieta balanceada. 

Depois de 30 dias, o paciente pode voltar as suas atividades pessoais e profissionais. O período de cicatrização pode durar até o 8 semanas e acompanhamento com o cirurgião é necessário durante o período. O resultado pleno é alcançado após seis meses da execução do procedimento e a finalização do tratamento ortodôntico. 

Para uma avaliação completa e melhor forma de tratamento de anomalias ósseas, o paciente deve procurar centros de referência em atendimentos bucomaxilofaciais, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui especialistas nessa área.

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