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'Cinturão de calor extremo' cobrirá centro dos EUA em 30 anos

Por: AFP

Publicado em: 15/08/2022 22:46

 (Foto: Reprodução/Pixabay)
Foto: Reprodução/Pixabay
Os Estados Unidos irão desenvolver em 30 anos um "cinturão de calor extremo", que irá do estado da Louisiana, no sul, até o Lago Michigan, no norte, atravessando o Centro-Oeste do país, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira.

Essa área, lar de mais de 100 milhões de americanos e que abrange um quarto do país, irá experimentar pelo menos um dia de calor extremo por ano em 2053, com uma sensação térmica de mais de 51°C, aponta o relatório, da organização sem fins lucrativos First Street Foundation.

Atualmente, esse é o caso de cerca de 50 condados americanos, com 8 milhões de habitantes. Mas em três décadas, mais de mil condados serão afetados, principalmente nos estados do Texas, Louisiana, Arkansas, Missouri, Illinois, Iowa, Indiana e sul de Wisconsin.

O Centro-Oeste dos Estados Unidos seria particularmente afetado, devido à distância do mar, embora o calor extremo também vá atingir regiões menores da Costa Leste e do sul da Califórnia, segundo o documento. O calor é o fenômeno meteorológico que mais mata nos Estados Unidos, superando as enchentes e os furacões.

A First Street Foundation baseia suas projeções em um cenário moderado dos especialistas climáticos da ONU (IPCC), em que as emissões de gases do efeito estufa irão atingir seu ápice na década de 2040, antes de diminuirem.

Além dessas temperaturas extremas, todo o país irá se tornar mais quente, de acordo com o relatório. Espera-se, em média que os sete dias locais mais quentes de hoje se convertam nos 18 dias mais quentes até 2053. A maior mudança nas temperaturas é esperada no condado de Miami-Dade, Flórida.

As ondas de calor, que fazem com que os dias muito quentes se sucedam sem interrupção, também irão se prolongar. Em 30 anos, grandes regiões do Texas e da Flórida poderão experimentar até mais de 70 dias consecutivos de termômetros marcando 38°C. 

"Temos que nos preparar para o inevitável", alertou Matthew Eby, fundador da First Street Foundation. "As consequências serão terríveis."

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