CONFLITO
Chanceler da Itália acusa Rússia de interferir na campanha eleitoral do seu país
Publicado em: 18/08/2022 11:49
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| Foto: AFP |
O Ministro das Relações Exteriores italiano, Luigi Di Maio, declarou hoje (18) que a interferência do governo russo nas eleições da Itália, que irão acontecer no dia 25 de setembro, é realmente preocupante. Di Maio acusou em especial a suposta intromissão na campanha eleitoral da Itália pelo ex-presidente da Rússia Dmitri Medvedev. "Que as forças políticas italianas se afastem de forma clara, sem qualquer timidez, da propaganda russa", disse o chanceler.
Atualmente Medvedev é vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional da Rússia e braço direito do líder russo, Vladimir Putin, e declarou na rede social Telegram que seu país gostaria de ver cidadãos europeus não apenas expressar nas urnas o seu descontentamento pelas ações dos seus governos, mas também pela sua estupidez evidente. “Os votos dos eleitores são uma poderosa alavanca de influência", afirmou.
Por sua vez, Di Maio assegurou que Medvedev deu uma indicação aberta sobre como votar nas eleições gerais em Itália, referindo-se inclusive ao fato do Partido Irmãos de Itália, de extrema-direita, não ter participado da grande aliança partidária do Governo de Mario Draghi.
O premiê italiano Draghi, que pediu demissão recentemente e se mantém no cargo até a formação do novo governo nas eleições, defendeu e apoiou completamente as sanções do Ocidente contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, assim como o envio de armas para Kiev.
O chanceler da Itália acrescentou ainda que seu governo trabalha para diversificar as fontes do suprimento de gás e esta preparando uma série de acordos para aumentar o fornecimento de outros lugares, além de reiterar o apelo para que a União Europeia (UE) estabeleça um teto para o preço do gás. “Não podemos depender daqueles que, com o dinheiro dos italianos, estão a financiar a sangrenta guerra na Ucrânia", sublinhou Di Maio.
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