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Bolsonaro apela para que Febraban reduza juros de consignado

Publicado em: 08/08/2022 14:30

 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) está reunido na tarde desta segunda-feira (8) com empresários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), em São Paulo, para falar da economia brasileira e ouvir a visão da indústria financeira. O encontro ocorre em meio às críticas do chefe do Executivo aos signatários da Carta pela Democracia. O presidente já chamou os signatários de “cara de pau” e “sem caráter”. O documento também é assinado pela federação.

Na reunião, Bolsonaro pediu aos banqueiros juros menores para empréstimos consignados pelo Auxílio Brasil, que tem um limite de até 40% do valor recebido. Alguns dos maiores bancos como Bradesco, Itaú, Santander e Nubank, no entanto, não pretendem adotar a modalidade do empréstimo sob a justificativa de estimular o endividamento de famílias de baixa renda. Outros já ofereciam o crédito, mas com juros de quase 80%.

"Isso é garantia. Desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível... Estamos no final da turbulência para que todos nós passamos mostrar que o Brasil não é mais um país do futuro, é um país do presente", pediu.
 
O Auxílio Brasil com parcela de R$ 600 começa a ser pago terça-feira (9). Acompanham o presidente o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, além do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A reunião faz parte de uma agenda que prevê também uma rodada de conversa com os principais presidenciáveis e ocorrerá ainda com Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).

Entre os convidados do setor bancário, estão Octavio de Lazari, do Banco Bradesco e Febraban; Daniella Marques, da Caixa Econômica Federal; Fausto Ribeiro, do Banco do Brasil; Gilson Finkelsztain, do B3; José Berenguer, do Banco XP; Luciano Savoldi, do Banco Toyota do Brasil; Luiz Carlos Trabuco, do Banco Bradesco; Marcelo Marangon, do Banco Citibank; Mário Leão, do Banco Santander (Brasil); Milton Maluhy, do Itaú Unibanco.

Carta pela democracia
 
A Carta pela democracia, organizada pela Universidade de São Paulo (USP), será lida no dia 11. O texto reúne juristas, banqueiros, empresários e civis. Bolsonaro já alegou, ainda, que o manifesto é apoiado por banqueiros porque os mesmos perderam cerca de R$ 20 bilhões de receita por causa do Pix e chamou artistas de "desmamados" da Lei Rouanet.

No último dia 3, Bolsonaro cancelou dois encontros dos quais participaria na mesma data em São Paulo, no dia 11: um jantar com empresários do Grupo Esfera e o debate promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), outra signatária da Carta.

Auxiliares de Bolsonaro avaliaram que seria melhor evitar possíveis constrangimentos caso o presidente fosse convidado na oportunidade a assinar a carta.
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