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Com mercado de olho na PEC que aumenta benefícios, Bolsa fecha em queda

Publicado em: 04/07/2022 21:44

 (crédito: Agência Brasil/Divulgação)
crédito: Agência Brasil/Divulgação
Em semana marcada pela divulgação de dados importantes do mercado financeiro, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) encerrou o pregão desta segunda-feira (4) em queda de 0,35%, aos 99.608 pontos. O mercado também está atento à PEC 1/2022, chamada “PEC das Bondades”, que aumenta o valor do Auxílio Brasil, institui o voucher caminhoneiro, entre outros benefícios, e pode entrar em votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (5).

Para o analista de mercados, Renan Silva, economista da BlueMetrix Ativos, há um cenário de incertezas no mercado financeiro, em relação à PEC. “Trata-se de uma medida expansionista. Enquanto, por exemplo, o Banco Central sobe os juros, em uma política contracionista. Então, você tem uma queda de braço. Seria o momento, agora, de estar promovendo uma política de expansão da economia, enquanto o BC tenta controlar a inflação? O mercado ainda não tem uma sensibilidade tão aguçada para entender a resultante desse processo”, comenta.

O dólar comercial fechou a segunda em alta de 1,73%, cotado a R$ 5,32. Embora haja incertezas do mercado em relação à PEC, que há grande probabilidade de ser aprovada na Câmara dos Deputados, os dados do IPCA de junho — que serão divulgados nesta sexta-feira — devem animar a economia nesta semana, de acordo com o economista da BlueMatrix.

Segundo ele, os economistas já projetam um recrudescimento da inflação, que já foi perceptível na última divulgação do índice para o mês de maio, que apontou elevação de 0,47%, em contrapartida com os aumentos mais significativos nos meses anteriores, que fizeram com que a inflação total deste ano já atingisse o patamar de 4,78%.

“O mercado, em geral, espera um arrefecimento da inflação. Alguns economistas esperam até uma deflação. Eu sou um pouco mais conservador e acho que ela pode ter uma leve deflação”, analisa. 
 
Estados Unidos
 
Nos EUA, o feriado de 4 de julho ofuscou a expectativa dos mercados em relação à ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que será divulgada na próxima quarta (6) e pode sinalizar novas tendências de controle da inflação no país norte-americano. Como indica Renan Silva, alguns economistas já trabalham com a projeção de um aumento de 0,5% na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central do país.

“Hoje, 30% dos agentes apostam em uma alta de apenas 0,5% e não de 0,75%. Então, está havendo uma migração importante das apostas, em razão dos números de PMI (Índice de Gerentes de Compras) e Payroll (Folha de pagamento) que não estão tão animadores”, avalia. 
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