LEILÃO DE PRIVATIZAÇÃO
Terminais portuários debatem atuação exclusiva de corporações de navegação
Por: Diario de Pernambuco
Por: Juliane Marinho
Publicado em: 29/06/2022 09:24
Foto: Reprodução/Porto de Suape |
O Tribunal de Contas da União, o TCU, e o Ministério da Infraestrutura receberam, em junho, os pontos destacados pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários referentes a busca por um novo cenário para a administração em torno dos portos, visando a diminuição do controle de algumas empresas no setor.
A possibilidade das organizações de navegação estarem no leilão de privatização dos portos do Brasil foi analisada pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários. Os nomes das corporações MSC, e Maersk são os de maior relevância e os mais observados nesse contexto.
O diretor-presidente da ABTP, Jesualdo Silva, falou ao jornal Folha de S. Paulo, como a ação exclusiva dessas empresas podem interferir na dinâmica do mercado. “A participação indiscriminada e sem regulamentação de grupos econômicos que atuam no transporte marítimo de contêineres, os chamados armadores, nos processos licitatórios pode, em médio e longo prazos, gerar aumento dos fretes, diminuir as rotas de escoamento da carga brasileira e provocar aumento no custo de outros elos da cadeia logística em razão de práticas anticoncorrenciais”, afirmou.
O “self preferencing”, ou seja, preferência aos próprios terminais, pode destinar as cargas para lugares mais longes do seu local de elaboração, além de outros transtornos, destacou Jesualdo Silva, à Folha de S. Paulo.
O domínio dessa atividade pelas corporações de transporte marítimo pode resultar numa maior atuação do território dessas grandes empresas, o que termina em dificuldade para a outra parcela ramo, segundo o setor.
Entre as possíveis corporações participantes do leilão para privatização de portos nacionais, estão as empresas Maersk, e a MSC. De origem dinamarquesa, o empreendimento Maersk, além de oferecer serviços na área de transporte marítimo, também está presente no ramo de energia e de outras realizações de transportes. As atividades de execução de cruzeiros e condução de cargas são realizadas pela organização suíça MSC.
Renomadas e com grande capital, essas corporações são vistas como as que levaram boa parte dos portos no leilão. Observando esse processo, a ABTP acredita que essas empresas ficarão com o controle das ações e serviços do setor.
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