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Pernambuco tem mais dois casos suspeitos de hepatite aguda infantil

Publicado em: 17/05/2022 22:44 | Atualizado em: 17/05/2022 23:02

Estado investiga, agora, quatro suspeitas da doença aguda, que afeta crianças e surgiu este ano no mundo. Estão internados no Hospital Oswaldo Cruz (foto) e no Imip (DIVULGAÇÃO)
Estado investiga, agora, quatro suspeitas da doença aguda, que afeta crianças e surgiu este ano no mundo. Estão internados no Hospital Oswaldo Cruz (foto) e no Imip (DIVULGAÇÃO)
Pernambuco registou mais duas suspeitas de hepatite aguda infantil, uma doença misteriosa, surgida neste ano e ainda com causas desconhecidas. Com isso, são quatro os pacientes em investigação. Os novos casos são de duas meninas, uma de 9 e outra de 11 anos. A primeira é moradora de Casinhas, no Agreste do estado, e deu entrada, no dia 13, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife, com quadro de icterícia (a pela amarelada, característica da hepatite, uma inflamação no fígado), fadiga, náusea e vômito. A segunda é Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, e procurou o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, no dia 14, com sintomas parecidos: icterícia, náusea, vômito, fadiga, mas também dor abdominal.

De acordo coma Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), as duas seguem internadas, realizando tratamento e exames. Os outros dois casos investigados é o de um bebê de um ano, de Toritama, que já teve alta, e uma menina de três anos, de Glória do Goitá, que também segue internada no Imip. O caso de um adolescente de 14 anos, de Salgueiro e que ainda se encontra no Hospital Oswaldo Cruz, foi descartado. Ele testou positivo para chicungunha, uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

Em todo o território nacional, mais de 50 casos estão em investigação, sendo uma morte. O primeiro registro de um caso de hepatite aguda grave aconteceu na Europa, mas se espalhou também pelos EUA, onde se encontra boa parte dos casos atuais. E, de acordo com o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Enfermidades (ECDC) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), os vírus comuns da hepatite não apareceram em nenhum dos casos até o momento. Por lá, a hipótese com mais força é a de que a origem desse tipo de hepatite pode ser um patógeno comum, identificado por "adenovírus 41", que causa doença pulmonar leve. Há quem também considere que possa ser um efeito de uma infecção prévia por Covid-19.

De forma geral, os sintomas que estão sendo apresentados nas pessoas com suspeita são pele amarelada, febre e inchaço na região do abdômen. Mas caso a hipótese americana se concretize, mais alguns poderão ser incluídos na lista, a exemplo de problemas respiratórios e digestivos, assim como conjuntivite. Todos em grau leve.
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