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POLUIÇÃO

Dia internacional da biodiversidade levanta alerta sobre poluição dos rios locais

Publicado em: 18/05/2022 17:10 | Atualizado em: 18/05/2022 17:25

 (Foto: Paula Paiva / DP)
Foto: Paula Paiva / DP
O Recife e a Região Metropolitana sofrem, principalmente, entre dois problemas crônicos que afetam as principais biodiversidade locais: a poluição dos rios e os resíduos sólidos jogado nos lixões. Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade, próximo dia 22 de maio, informações mostram que as duas principais bacias afluentes (Capibaribe e Beberibe) continuam muito poluídas e a insistência de se manter os lixões a céu aberto afetam o solo provocando mudanças significativas. 

De acordo com dados divulgados em março pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), o monitoramento das bacias mostravam os níveis de poluição da água dos rios Capibaribe e Beberibe na Região Metropolitana variando entre “poluída” e “muito poluída”, em grau regular e ruim da amostra coletada. Já em relação aos aterros sanitários, no estado, dos 184 municípios aproximadamente 43% dos municípios descartam os resíduos corretamente em aterro sanitário, o restante ainda não segue a legislação, sendo 56% dos municípios descartam em lixões a céu aberto e 1% descarta em aterro controlado.

De acordo com a professora de Engenharia Ambiental do Centro Universitário UniFBV - Wyden, Iane Oliveira, esses dados comprovam o agravamento das questões socioambientais existentes que prejudicam a biodiversidade. “Essas questões diminuem a biodiversidade nativa, diminui o biota – que é o conjunto de seres vivos – do solo, diminui a capacidade de sustentação dos animais. Na questão dos aterros sanitários por exemplo, a compactação do solo devido à falta de controle na entrada dos caminhões, devido a retirada da vegetação, pode provocar como consequência uma erosão, distorcendo a biodiversidade local”, explicou.

Para ela, a solução para esse problema é apostar em um programa de cidade sustentável como forma de combater a poluição da água, solo e do ar. “É uma cidade que está alinhada ao pensamento socioambiental, onde busca um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população. Fatores que contribuem para uma cidade sustentável é melhorar a mobilidade urbana, o descarte de resíduos sólidos, a economia de água e a eficiência energética.”.

O que está sendo realizado hoje, segundo Iane, são ações dentro da justiça e em conjunto com o poder público, especialistas e sociedade civil para mudar essa realidade. “Houve a criação, implantação e fiscalização pelo tribunal de contas dos estados da legislação, a aplicação nas instituições de ensino sobre o tema educação ambiental e a Implantação por alguns municípios, das usinas de separação dos resíduos com cooperativa de catadores, com condições adequadas dentro das normas”, pontuou.
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