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CPI DA COVID

Trento é ligado a empresa suspeita de tráfico de drogas, diz Randolfe

Publicado em: 23/09/2021 11:08

 (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse, nesta quinta-feira (23), que o empresário Danilo Trento, que presta depoimento hoje à comissão, é o responsável pelo esquema de lavagem de dinheiro da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou o contrato de compra da vacina indiana Covaxin entre o Ministério da Saúde e o laboratório indiano Bharat Biotech. O parlamentar afirmou ainda que o esquema comandado por Trento, que é diretor institucional da Precisa, envolve uma empresa investigada pela Polícia Federal por tráfico de drogas.

"Nós estaremos diante, no dia de hoje, do chefe da lavanderia da Precisa. Não é da lavanderia da roupa, é da lavanderia do dinheiro da Precisa. Através da empresa dele circulam muitos recursos que vão para outras empresas, que mandam para terceiras empresas. Duas dessas empresas eu chamo a atenção: a Barão Turismo e a Elite. Nas conexões com a Elite, nós encontramos lavagem de dinheiro através de panificadoras, lavagem de dinheiro que chega até uma empresa que é investigada pela Polícia Federal por tráfico de drogas", disse Rodrigues.

O senador afirmou também que a CPI espera saber, ainda nesta quinta-feira, quem são os destinatários de joias compradas por uma empresas de Trento. "Nos chamou muita atenção o caminho do dinheiro. Uma aquisição feita por uma dessas empresas para compra de jóias, ou de Rolex, em duas joalherias, uma em São Paulo, e outra em Curitiba. Nesta joalheiria de Curitiba, nós esperamos, até o final da inquirição de hoje, ter a resposta sobre por que foi comprada uma joia através de uma empresa de investimento e participações em uma empresa farmacêutica, e para quem foi comprada. Então eu acho que nós encontramos um bom fio da meada do siga o dinheiro", disse o senador.

Danilo Trento é suspeito de associação ao empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos. A empresa atuou como intermediária de um contrato de R$ 1,6 bilhão para a aquisição, pelo Ministério da Saúde, de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, contra a Covid-19. O contrato foi suspenso pelo ministério, após suspeitas de irregularidades, incluindo fraudes em documentos e pedido de pagamento adiantado em um paraíso fiscal.

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