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INQUÉRITO DAS FAKE NEWS

Ministro da Justiça terá de depor na PF sobre supostas fraudes nas eleições

Publicado em: 04/08/2021 19:44

 (Anderson Torres estava presente na live em que Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas e ministros do STF. Foto: Carolina Antunes/PR)
Anderson Torres estava presente na live em que Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas e ministros do STF. Foto: Carolina Antunes/PR
Depois de participar da live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou as urnas eletrônicas e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, terá de prestar depoimento à Polícia Federal (PF) em até 10 dias. 

Na tarde desta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, aceitou o pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e incluiu Bolsonaro e Torres no inquérito das fake news. 

Com isso, ambos serão investigado por crimes cometidos pela disseminação de informações falsas e ataques contra as instituições. O presidente vem afirmando sistematicamente que as eleições são fraudadas no sistema eletrônico. 

A partir da decisão de Moraes, a Polícia Federal poderá fazer perícias, quebrar sigilos e tomar depoimentos dos envolvidos. A investigação criminal pode, em última instância, tornar Bolsonaro inelegível.

Além de Torres, o coronel reformado do Exército Alexandre Hashimoto e o professor da Faculdade de Tecnologia de Sa%u0303o Paulo e engenheiro especialista em segurança de dados Amilcar Filho, que também estavam na live de Bolsonaro, devem ser ouvidos pela PF.

De acordo com a ordem do ministro, depoimentos serão colhidos em até 10 dias.

Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que Fernando Haddad (PT) tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.

Em 2018, Bolsonaro foi eleito o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos).   

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