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FALA PERNAMBUCO

Articulado pela Alepe, projeto de escuta dos setores produtivos avança no estado

Publicado em: 31/07/2021 10:10 | Atualizado em: 31/07/2021 10:09

 (Marcos Henrique/Divulgação)
Marcos Henrique/Divulgação
Idealizado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em parceria com o Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o projeto Fala Pernambuco, que realiza a escuta dos setores produtivos regionais, segue avançando no estado. Lançado em junho deste ano, ele reunirá as principais demandas dos empresários pernambucanos para auxiliar na elaboração de um documento que deverá guiar as ações do legislativo voltadas ao fortalecimento da economia.

O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros, comentou o surgimento do projeto. “Nós identificamos a necessidade de aproximação. Então encontramos uma forma da assembleia sair das quatro paredes e dialogar com a sociedade. O objetivo é aproximar as instituições dos empresários e do micro e pequeno empreendedor, que possuem uma parcela significativa na geração de renda e emprego do estado”. 

Até agora, as audiências de escuta já foram realizadas no Sertão e seguem para o Agreste.  Em seguida, serão ouvidos empresários da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife. Dessa forma, todo o estado deverá ser contemplado pela iniciativa. 

Gerente da unidade de ambiente de negócios e alianças estratégicas do Sebrae-PE, Fernando Clímaco, destacou a participação do sistema nas audiências. “Por cerca  de duas semanas antes da data marcada com a Alepe, nós organizamos reuniões prévias com os empresários, olhando indústria, comércio e serviços, agronegócio, turismo e todos os setores que estão ligados ao mundo empresarial e aos setores produtivos de Pernambuco. Convidamos as lideranças regionais para participarem e entendemos as demandas. Junto com uma consultoria, pensamos em pautas em que o legislativo possa atuar diretamente ou encaminhar ao governo estadual”.

Fernando explica que, como as necessidades são variadas, um exercício para priorizar tópicos que possam atender a maioria dos empresários de cada setor é realizado.”Escolhemos cinco e no dia da audiência essas demandas são apresentadas pelos representantes de cada setor”, informou.

O gerente do Sebrae aponta que alguns setores têm demonstrado uma convergência nas solicitações, o que indica a necessidade de um olhar especial para alguns problemas. “Os empresários do comércio, por exemplo, têm demandas muito parecidas sobre as questões tributárias e que aparecem em todas as regiões. Por isso é importante criar essa linha direta, principalmente com aqueles que atuam em pequenos negócios, para auxiliar na elaboração de prováveis projetos de leis que possam auxiliar os setores”, concluiu Fernando. 

Responsável pelo grupo Agrodan, maior exportador de mangas do Brasil, o empresário Paulo Dantas participou de umas das reuniões realizadas pelo Fala Pernambuco. Para ele, o auxílio do poder público poderá impulsionar o potencial da região. “Existe a necessidade de descentralizar o desenvolvimento do Sertão, por exemplo, já que temos potencial para várias atividades. Se alguém estiver disposto a realizar o trabalho de capacitação, as pessoas vão começar a investir nesse negócio que tem potencial. São demandas que, se forem atendidas, poderão facilitar o crescimento dos setores”, observou. 

Após identificar os “gargalos” e ouvir as demandas do setor, um relatório com até cinco prioridades das atividades produtivas de cada região deverá ser encaminhado ao governo federal e estadual. “Temos observado algumas demandas no sentido de aprimorar as leis. Também observamos a necessidade de desburocratizar algumas coisas junto aos órgãos de controle, por exemplo. A consultoria da casa já está estudando o que precisa ser alterado. Esse trabalho acontece em consonância com o poder executivo e nós já demos ciência ao governador Paulo Câmara desse trabalho, que foi muito bem aceito por ele”, comentou o presidente da Alepe. 

O deputado aproveitou a oportunidade para destacar a importância do projeto para o desenvolvimento do estado.  “O que nós estamos fazendo é uma aproximação inédita. Vamos tocar com essa pauta porque acreditamos que Pernambuco tem um grande potencial, mas precisa dessa interlocução para que possamos gerar mais emprego e renda para nossa população”, concluiu. 
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