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ENTREVISTA

'Paulo Câmara tem todos os predicados para ser presidente', destaca Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Publicado em: 11/05/2021 10:00 | Atualizado em: 11/05/2021 19:42

 (Diario de Pernambuco TV / Reprodução)
Diario de Pernambuco TV / Reprodução
O deputado federal e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),  afirmou, nesta terça-feira (11), em entrevista à Rádio Clube AM 720, que a possibilidade do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acontecer é inviável. Segundo ele, que rifou os mais de 100 pedidos por não haver uma “base” necessária para avançar, caso tivesse sido levado adiante, poderia fortalecer o presidente. 
 
“Eu não cheguei a analisar os méritos. Acredito que ainda seja impossível o avanço dos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Ele possui uma base muito forte. Isso poderia fortalecer o próprio presidente", assinalou durante entrevista ao programa Manhã na Clube, comandado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.

Entre os assuntos debatidos, a sucessão na Câmara com a “traição” do seu partido nas eleições do novo presidente da Casa. Ele salientou que recebeu a atitude de surpresa. Sinalizou que existia uma espécie de regra que foi alterada de última hora. Fez analogia a uma partida de futebol. 

Sobre uma terceira via para 2022, Maia assinala que "Todo mundo tem que ter a compreensão de que todos esses (candidatos) estejam unidos com a convergência de uma agenda que consiga construir consensos. Depois, uma regra pra escolher um candidato. Se tiver três, quatro candidaturas de centro, é sinal que o centro já deve estar desgastado, e será difícil amenizar a polarização Lula x Bolsonaro". 

Maia assuntou que um governador do Nordeste deveria facilitar a terceira via. Citou o nome de Paulo Câmara (PSB) e afirmou que endossaria a sua candidatura. "Acredito que um governador do Nordeste precisa encabeçar. Paulo Câmara tem todos os predicados para ser presidente... se ele colocar o nome dele no páreo, eu entro para articular essa frente. Seria um entusiasta", vaticinou Maia. 

Questionado sobre seu voto em possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Maia assinalou que seria impossível repetir o erro de 2018 - ano que votou em Bolsonaro. "No segundo turno, votei em Bolsonaro. Errei de acreditar que a política econômica do Paulo Guedes fosse aquilo que eu esperava... por tudo que o Brasil está passando e vivi por dentro na presidência da Câmara, é impossível que no segundo eu consiga votar em Bolsonaro contra Lula, contra Ciro, contra qualquer um que seja", afirmou. 

A possibilidade de migrar de partido também foi assuntada. Maia afirmou estar entre o PSDB e o PSD. 

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