pandemia
SP anuncia toque de restrição entre 23h e 5h a partir de sexta (26)
Por: Maria Eduarda Cardim
Publicado em: 24/02/2021 13:54 | Atualizado em: 24/02/2021 14:41
Diante do recorde de internações por covid-19, o governo de São Paulo decretou o toque de restrição de circulação de pessoas válido em todo o estado até o dia 14 de março. Foto: Nelson Almeida/AFP |
O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (24) toque de restrição de circulação de pessoas entre 23h e 5h da manhã, que começa a valer a partir desta sexta-feira (26). A medida foi tomada em razão da alta de internações de pacientes com Covid-19, que bateu recorde com 6,5 mil pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O toque de recolher é válido em todo o estado de São Paulo até 14 de março.
Atualmente, há 6.657 pacientes com Covid-19 internados em leitos de UTI. “Nos últimos 10 dias tivemos aumento de 660 pessoas internadas a mais em leitos de UTI no estado de São Paulo. Dessa forma, nós estamos extremamente preocupados, o estado ainda tem um número bastante considerável de leitos disponíveis, mas se olharmos para o futuro temos uma previsão bastante preocupante”, disse o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes.
Esgotamento
Segundo o médico, sem medidas mais restritivas e com esse ritmo de crescimento de internações, em 22 dias o estado poderia ter o esgotamento de leitos de UTI para pacientes de Covid-19.
Para Menezes, esse aumento é consequência das aglomerações que ocorreram há cerca de 10 dias, mas também pode estar relacionado com o surgimento das novas variantes do coronavírus no estado de São Paulo, especialmente da nova linhagem identificada primeiramente em Manaus.
O governador de São Paulo, João Doria, pediu para que a população denuncie e ajuda a fiscalizar aglomerações e o descumprimento dessa medida. “Não temos nenhuma satisfação em adotar uma medida como essa, mas temos a necessidade de aplicar essa medida para proteger vidas. [...] Sem vidas não há consumo, mortos não consomem, mortos penalizam famílias, entristecem cidades e regiões”, disse.
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