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INVESTIGAÇÃO

Prontuário aponta que pernambucana Lorena Muniz teria morrido após inalar fumaça tóxica

Publicado em: 24/02/2021 09:30 | Atualizado em: 24/02/2021 13:46

 (Foto: Reprodução da Internet)
Foto: Reprodução da Internet

A morte de Lorena Muniz, transexual pernambucana que viajou a São Paulo para realizar um procedimento cirúrgico, teria sido causada por inalação de fumaça tóxica durante um incêndio ocorrido na clínica estética onde ela aguardava sedada a cirúrgia para colocar próteses de silicone nos seios. O ocorrido foi registrado no último dia 17 deste mês. Lorena tinha 25 anos de idade.

As informações estão no prontuário médico da moça feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, conforme o G1. No dia do incêndio, Lorena teria sofrido uma intoxicação em decorrência da quantidade de fumaça inalada, ficou sem oxigenação no cérebro e, consequentemente, teve uma parada cardiorespiratória por 17 minutos. De acordo com o prontuário, partes do corpo da moça também foram atingidos pelas chamas, como nariz e a orelha.

A morte de Lorena só foi confirmada no último domingo (21), pelo Hospital das Clínicas, onde ficou internada. O caso, foi denunciado pelo marido da vítima, Washington Barbosa, conhecido como Tom Negro. Segundo o blogueiro relata em suas redes sociais, o ar condicionado da clínica onde Lorena passaria pelo procedimento cirúrgico pegou fogo, e a moça foi deixada para trás insconsciente por estar sedada, ficando expostas a grandes quantidades de fumaça.

“Houve um curto-circuito na clínica, o ar-condicionado pegou fogo, todos saíram correndo e ela ficou lá, inconsciente, sedada e inalando fumaça, chegou a ficar sete minutos inconsciente. Isso gerou um prejuízo no oxigênio no cérebro dela, segundo os médicos. Ela não está reagindo. Estou precisando denunciar esse lugar”, disse.

Lorena teria pago um valor de R$ 4 mil a clínica Paulino Plástica Segura para fazer a implantação de silicone em outra clínica, localizada no bairro da Liberdade, no Centro de São Paulo. Não há registros de que o local tem autorização do Corpo de Bombeiros para funcionar.

A investigação, sob responsabilidade do 1º Distrito Policial (DP), de São Paulo, procura identificar se houve omissão de socorro por parte do estabelecimento no dia do incêndio, assim como são aguardados os laudos do Instituto de Criminalística (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) para o apontamento definitivo da causa da morte da pernambucana.
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