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Contas externas têm deficit de US$ 7,2 bilhões em janeiro

Publicado em: 24/02/2021 14:00

 (Esse é o melhor resultado para o mês desde 2018, quando o rombo foi de US$ 6,8 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central. Foto: Reprodução/Pixabay)
Esse é o melhor resultado para o mês desde 2018, quando o rombo foi de US$ 6,8 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central. Foto: Reprodução/Pixabay
As contas externas brasileiras tiveram deficit de US$ 7,3 bilhões em janeiro de 2021, em relação ao ano passado, quando ficaram negativas em US$ 10,3 bilhões, em janeiro de 2020. Esse é o melhor resultado para o mês desde 2018, quando o rombo foi de US$ 6,8 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central. A redução no deficit foi motivada pelas retrações de US$ 1,4 bilhão e de US$ 900 milhões nas despesas líquidas de serviços e de renda primária, respectivamente, além do aumento de US$ 600 milhões, no saldo da balança comercial.

O deficit em transações correntes nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021 somou US$ 9,4 bilhões (0,65% do PIB), ante US$ 52,8 bilhões (2,85% do PIB), em janeiro de 2020, e US$ 12,5 bilhões (0,87% do PIB), em dezembro de 2020. A balança comercial de bens registrou deficit de US$ 1,9 bilhão em janeiro de 2021, ante saldo negativo de US$ 2,5 bilhões em janeiro de 2020. As exportações de bens totalizaram US$ 15 bilhões em janeiro de 2021, aumento de 2,8% ante janeiro de 2020.

As importações de bens totalizaram US$ 16,9 bilhões, declínio de 1% na mesma base de comparação. Para janeiro de 2021, as importações de bens no âmbito do Repetro foram estimadas em US$ 2,3 bilhões, mesmo patamar de janeiro de 2020. O deficit na conta de serviços manteve a trajetória de retração e totalizou US$ 1 bilhão em janeiro de 2021 (menor valor mensal desde fevereiro de 2009), recuo de 59,1% em relação a janeiro de 2020, quando atingiu US,4 bilhões.

A conta de viagens internacionais segue evidenciando os impactos da pandemia e registrou despesas líquidas de US$ 39 milhões em janeiro de 2021, ante US$ 764 milhões em janeiro de 2020, recuo de 94,9%. Destaca-se também, na mesma base de comparação, a redução de 49,3% nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, de US$ 1,2 bilhão para US$ 612 milhões. A conta de transportes apresentou despesas líquidas de US$ 281 milhões, ante US$ 459 milhões em janeiro de 2020.

Em janeiro de 2021, o deficit em renda primária recuou 16,7% em relação a janeiro de 2020 e totalizou US$ 4,7 bilhões. As despesas líquidas de lucros e dividendos diminuíram para US$ 797 milhões, ante US$ 1,5 bilhão em janeiro de 2020. Isto decorreu principalmente do aumento de US$ 835 milhões nas receitas, para US$ 1,5 bilhão em janeiro de 2021. As despesas líquidas com juros somaram US$ 3,9 bilhões no mês, retração de 6,6% na comparação com janeiro de 2020, com recuo das receitas e das despesas.

Investimentos
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 1,8 bilhão em janeiro de 2021, ante US$ 2,7 bilhões observados em janeiro de 2020. Houve ingressos líquidos de US$ 2,8 bilhões em participação no capital e saídas líquidas de US$ 944 milhões em operações intercompanhia. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021 o IDP totalizou US$ 33,4 bilhões (2,32% do PIB), ante US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB) no mês anterior e US,0 bilhões (3,73% do PIB) em janeiro de 2020. Em janeiro de 2021, os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$ 2,3 bilhões. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021, entretanto, o IDE totalizou regressos líquidos (desinvestimentos) de US$ 17,3 bilhões.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos pelo oitavo mês consecutivo, somando US$ 6,2 bilhões em janeiro de 2021, dos quais US$ 4,7 bilhões em ações e fundos de investimento e US,5 bilhão em títulos de dívida. Nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram saídas líquidas de US,8 bilhões.

Reservas internacionais
As reservas internacionais atingiram US$ 355,4 bilhões em janeiro de 2021, recuo de US$ 204 milhões em comparação ao mês anterior. Não houve liquidação de operações de intervenção no mercado de câmbio; a receita de juros atingiu US$ 390 milhões. As variações por paridades e por preço contribuíram para reduzir o estoque, respectivamente, em US$ 333 milhões e US$ 269 milhões.

Estimativas para fevereiro de 2021
Para o mês de fevereiro a estimativa do resultado em transações correntes é de deficit de US$ 2,3 bilhões; a de IDP é de ingressos líquidos de US$ 6,5 bilhões, de acordo com os cálculos do Banco Central.
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