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VACINA

Saúde só se pronunciará sobre doses adicionais após receber última remessa do Butantan

Publicado em: 27/01/2021 18:10

 (Foto: AFP/Adem Altan)
Foto: AFP/Adem Altan
Depois de o Instituto Butantan cobrar uma resposta do governo federal em relação a 54 milhões de doses adicionais da Coronavac que foram oferecidas pelo instituto paulista, o Ministério da Saúde informou ao Correio que irá se pronunciar no prazo oficial do contrato. O documento permite que a pasta manifeste interesse em adquirir as doses adicionais da vacina em até 30 dias depois da entrega da última remessa das 46 milhões de doses da Coronavac, contratadas no primeiro momento.

O contrato, assinado entre Butantan e o Ministério da Saúde em 7 de janeiro, prevê que a última remessa de doses (9,9 milhões) seja entregue pelo instituto paulista até 30 de abril. Dessa forma, caso o Butantan entregue as últimas doses contratadas no último dia previsto, o governo federal poderia manifestar o interesse em mais 54 milhões de doses da Coronavac até 30 de maio.

Caso a última parcela de doses seja entregue antes, a pasta tem 30 dias a partir dessa data para manifestar o interesse. “É concedida à contratante a opção de adquirir mais 54 milhões de doses de vacinas em cronograma a ser definido, apresentando seu interesse no prazo de até 30 dias após a entrega da última parcela”, diz uma das cláusulas do contrato.

Mais cedo, nesta quarta-feira (27), o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que aguarda uma resposta do ministério sobre as doses adicionais até o final desta semana, já que na próxima irá fechar contratos com outros países. Covas enviou um ofício na última sexta-feira (22) solicitando a manifestação da pasta para a compra das 54 milhões de doses.

Ministério conta com doses extras

O Ministério da Saúde tem contado com as 54 milhões de doses nas apresentações feitas por secretários e pelo próprio ministro Eduardo Pazuello. Na última terça-feira (26), a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, informou ter um contrato com o Butantan para 100 milhões de doses, durante uma live técnica para dar orientações aos profissionais de saúde sobre a operacionalização da vacinação contra a Covid-19.

“Nós fizemos um contrato com o Instituto Butantan para a aquisição de 100 milhões de doses, sendo 46 milhões de doses para o primeiro semestre, (...) e aí as 54 milhões de doses que estão aqui elencadas para o segundo semestre, provavelmente a partir de maio já tem alguns quantitativos para serem disponibilizados”.

Pazuello também já falou na contratação das 100 milhões de doses, anunciada por ele em entrevista coletiva no dia 7 de janeiro. Na ocasião, o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, contradisse o ministro e disse que não haveria orçamento para contratar as 100 milhões de doses (46 milhões + 54 milhões) da vacina de uma vez só.

“Não temos orçamento neste momento para fazer a contratação integral das 100 milhões de doses. [...] Em um primeiro momento, é uma contratação de 46 milhões de doses com a opção de 30 dias ao término dessa entrega nós fazermos um novo contrato para adquirir as outras 54 milhões", explicou em coletiva no dia 7 de janeiro.
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